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Os índices futuros dos EUA e as bolsas da Europa operam com alta nesta sexta-feira (1º), primeiro pregão de dezembro, depois que encerraram novembro com forte alta e com atenções voltadas às falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Dados divulgados na véspera, tanto da Zona do Euro quanto dos EUA, mostraram que a inflação estava diminuindo, estimulando expectativas de cortes nas taxas de juros por parte dos bancos centrais, com os mercados monetários precificando mais de 100 pontos base em cortes nas taxas no próximo ano, tanto do Fed quanto do BCE.
Os mercados estão agora avaliando uma chance de 46% do Federal Reserve cortar as taxas em março, segundo a ferramenta CME FedWatch. Uma semana antes, a probabilidade era de 27%.
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Já os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em baixa, mas Xangai tem ganho modesto, após PMI da China.
No Brasil, saem dados da produção industrial de outubro, PMI da indústria de novembro e a balança comercial de novembro.
Além disso, Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa e palestra no Almoço Anual dos Dirigentes de Bancos 2023, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.
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1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com ganhos na primeira sessão de dezembro, com todos os holofotes voltados para o presidente do Federal Reserve, que fará um discurso hoje.
As ações encerraram um novembro recorde durante a sessão de quinta-feira e quebraram uma sequência de três meses de quedas. O S&P e o Nasdaq subiram 8,9% e 10,7%, respetivamente, registando os seus melhores desempenhos mensais desde julho de 2022. O Dow subiu 8,8%, o seu melhor mês desde outubro de 2022.
Tanto o Dow quanto o S&P caminham para uma semana de vitórias, com o Dow buscando atingir a quinta semana consecutiva de alta pela primeira vez em mais de dois anos. O Nasdaq caiu cerca de 0,2% na semana até o momento e está programado para quebrar uma seqüência de vitórias de quatro semanas.
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Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), +0,24%
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,13%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,04%
Ásia
Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único, nesta sexta-feira. Entre as principais, Tóquio registrou perda modesta, e Xangai subiu, bem próxima da estabilidade e após ter chegado a cair em parte da sessão.
A Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,06%, em 3.031,64 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,25%, a 1.975,11 pontos. Na agenda, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China subiu de 49,5 em outubro a 50,7 em novembro, na máxima em três meses, segundo a S&P Global e a Caixin. O resultado superou a previsão de 49,8 para o PMI industrial, dos analistas ouvidos pela FactSet, e vem um dia depois que o PMI oficial da indústria do país recuou em novembro (de 49,5 no mês anterior a 49,4).
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Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,17%, a 33.431,51 pontos. Segundo a Saxo Markets, investidores se posicionavam no mercado japonês para declarações mais tarde do presidente do Fed, Jerome Powell. Entre ações em foco, Rakuten Group recuou 4,4% e M3 teve baixa de 3,6%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 1,25%, em 16.830,30 pontos. Já em Taiwan, o Taiex subiu 0,03%, a 17.438,35 pontos.
O índice Kospi, da Bolsa de Seul, registrou queda de 1,19%, a 2.505,01 pontos. Realização de lucros foi citada como motivo, após ganhos recentes no mercado sul-coreano, que teve a quinta semana consecutiva de avanço. SK Innovation caiu 6,1%, após três dias de altas, e LG Energy Solution recuou 5,7%.
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- Shanghai SE (China), +0,06%
- Nikkei (Japão), -0,17%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -1,25%
- Kospi (Coreia do Sul), -1,19%
- ASX 200 (Austrália), -0,20%
Europa
Os mercados europeus iniciaram dezembro em alta, depois de fecharem o seu melhor mês desde janeiro, em meio a uma recuperação global de ações e títulos.
O Stoxx 600 avança com as ações de mineração liderando os ganhos depois que o setor manufatureiro da China registrou uma expansão inesperada.
O Stoxx ganhou 6,45% em novembro, de acordo com dados do LSEG, à medida que as ações recuperavam de três perdas mensais consecutivas.
As principais bolsas terminaram com tom otimista depois de dados preliminares estimarem que a inflação na zona euro caiu para 2,4%, abaixo dos 2,9% em outubro e significativamente abaixo do previsto.
- FTSE 100 (Reino Unido), +0,76%
- DAX (Alemanha), +0,58%
- CAC 40 (França), +0,42%
- FTSE MIB (Itália), +0,28%
- STOXX 600, +0,47%
Commodities
Os preços do petróleo caem e ampliam as perdas da véspera, quando os membros da OPEP+ concordaram com cortes voluntários na produção de petróleo para o primeiro trimestre do próximo ano, que ficaram aquém das expectativas do mercado.
As cotações do minério de ferro na China encerram a semana no vermelho, com Pequim continuando a intervir no mercado para regular os preços, embora o contrato tenha subido na sexta-feira devido a dados industriais otimistas.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro, SZZFF4, subiu 0,9%, a US$ 129,58 por tonelada .
- Petróleo WTI, -0,21%, a US$ 75,80 o barril
- Petróleo Brent, -0,43%, a US$ 80,63 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,99%, a 975,50 iuanes, o equivalente a US$ 137,53
Bitcoin
- Bitcoin, +1,77% a US$ 38.415,98 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A semana termina com a divulgação da produção industrial de outubro, do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de novembro e com dados da balança comercial de novembro.
Nos Estados Unidos, também saem dados de atividade industrial medidos pelo PMI e ISM.
Brasil
9h: Produção industrial de outubro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,3% e de 1,3% na comparação anual
10h: PMI da indústria de novembro
11h30: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa e palestra no Almoço Anual dos Dirigentes de Bancos 2023, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo (aberto à imprensa)
15h: Balança comercial de novembro; consenso LSEG projeta superavit de US$ 9 bilhões
EUA
11h45: PMI da indústria de novembro
12h: Gastos com construção de outubro
12h: ISM de indústria de novembro
13h: Discurso do presidente do Fed, Jerome Powell
Zona do Euro
8h30: Discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde
3. Noticiário econômico
STF autoriza governo a solicitar crédito para pagar precatórios
O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou na última quinta-feira (30) o julgamento virtual sobre a validade do atual regime de pagamento de precatórios, títulos de dívidas do governo federal reconhecidas definitivamente pela Justiça.
Por 9 votos a 1, os ministros do Supremo autorizaram o governo federal a solicitar a abertura de crédito extraordinário para o pagamento do estoque das dívidas judiciais. O valor estimado para pagamento em 2023 é de R$ 95 bilhões. Os recursos não entrarão no cálculo das atuais metas fiscais.
Prevaleceu no julgamento o voto do ministro Luiz Fux, relator do caso, para declarar parcialmente a inconstitucionalidade do teto de gastos para o pagamento de precatórios, que foi proposto em 2021 pelo governo de Jair Bolsonaro e aprovado pelo Congresso Nacional para cumprir as metas fiscais.
Galípolo diz que BC faz esforço para reancoragem total, e não parcial, das expectativas
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse na quinta-feira, 30, que a autoridade monetária tem feito um esforço para ancorar completamente as expectativas de inflação do mercado.
“Esse é um ponto de bastante esforço e endereçamento de esforços do Banco Central, para que exista essa convergência, para que a gente tenha uma reancoragem total, e não parcial, das expectativas”, afirmou Galípolo, durante um evento organizado pelo banco JPMorgan, em São Paulo.
Ele relatou ter ouvido de agentes do mercado que há limites para o quanto o BC consegue contribuir na reancoragem das expectativas, já que questões como a incerteza fiscal contribuem para o prêmio nas projeções. O maior problema, segundo ele, não é o déficit que o governo entregará, mas sim o quanto o mercado considera que o Executivo está comprometido com a consolidação fiscal.
4. Noticiário político
Lira orienta relator não incluir mudanças JCP em medida provisória
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), orientou o deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG) a não incluir as mudanças sugeridas pelo Ministério da Fazenda no mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) ao elaborar seu parecer sobre a medida provisória (MP) das subvenções a investimentos, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal Valor.
Lira disse a aliados que isso não foi combinado previamente com os líderes da Câmara — que acertaram com o governo um texto “prévio” para a MP, com parcelamento do estoque e regras claras sobre o que será considerado investimento.
5. Radar Corporativo
Itaúsa (ITSA4)
O Conselho de Administração da Itaúsa (ITSA4) aprovou nesta quinta-feira (29) a 6ª emissão de debêntures, não conversíveis em ações, em série única, no montante de R$ 1,25 bilhão.
Segundo comunicado, os recursos serão integralmente utilizados para realizar o pagamento do resgate antecipado facultativo da totalidade das debêntures da 1ª série da 4ª Emissão de Debêntures da Itaúsa, com desembolso total de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, incluindo remuneração e prêmio, em data a ser informada oportunamente aos debenturistas.
PetroRecôncavo (RECV3)
A PetroRecôncavo (RECV3) aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 160 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 0,545972 por ação ordinária.
Farão jus ao recebimento de juros sobre o capital próprio os acionistas inscritos nos registros da companhia em 05 de dezembro de 2023, sendo que as ações serão negociadas “ex-juros” a partir de 06 de dezembro de 2023. O pagamento será realizado aos acionistas no dia 15 de dezembro de 2023.
CSN (CSNA3)
A CSN Resources, controlada da CSN (CSNA3), captou US$ 500 milhões mediante a realização de uma oferta de títulos representativos de dívida denominados Notes, com vencimento em 2030 e juros de 8,875% ao ano.
A CSN prentende utilizar os recursos líquidos captados por meio das notes para recomprar títulos representativos de dívida denominados 7,625% Senior Unsecured Guaranteed Notes, com vencimento em 2026, emitidas pela CSN Resources, em circulação no mercado internacional.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)
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