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As bolsas no exterior operam majoritariamente em alta na manhã desta quinta-feira (29), com destaque positivo para os índices futuros das bolsas de Nova York, que avançam. No entanto, os ganhos não atingiram os mercados asiáticos que fecharam em baixa.
Mesmo com o início de pregão positivo, em Wall Street, os investidores seguem cautelosos, se antecipando a uma provável recessão no início de 2023, conforme saem novos indicadores econômicos, que mostram desaceleração. A questão que pesa agora é saber quanto tempo deve durar essa recessão e qual sua intensidade.
No Brasil, espera-se para as 11 horas que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncie os últimos nomes que vão compor seu ministério amanhã.
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Lula passou os últimos dias em negociações para encaixar os partidos do Centrão, como MDB, PSD e União Brasil no primeiro escalão e garantir uma base sólida no Congresso Nacional.
1. Bolsas Internacionais
EUA
Os futuros de Nova York viraram e passaram a operar com ganhos no início desta manhã, em recuperação das perdas da véspera, no apagar das luzes de 2022, que foi marcado por grandes perdas no acumulado do período no mercado acionário americano.
Nesta quinta-feira, os investidores esperam os dados mais recentes sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego, um dos indicadores mais observados pelo Federal Reserve em suas decisões sobre a taxa de juros.
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Economistas estão prevendo pedidos iniciais de auxílio-desemprego na faixa de 223.000 na semana encerrada em 24 de dezembro, ante 216.000 no período anterior.
Confira os desempenhos:
- Dow Jones Futuro (EUA), +0,12%;
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,30%;
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,57%.
Europa
Enquanto isso, os mercados europeus abriram em queda, em compasso de cautela nessa virada de ano, mas acompanharam os EUA e subiam no início da manhã. O impulso dado na terça-feira pelo relaxamento das medidas de controle da pandemia na China se mostra misto.
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No mais, os investidores continuam com a perspectiva de inflação persistentemente alta, aperto da política monetária dos bancos centrais e já prenunciam um período prolongado de crescimento econômico lento.
Confira os desempenhos
- FTSE 100 (Reino Unido), -0,28%;
- DAX (Alemanha), +0,21%;
- CAC 40 (França), +0,06%;
- FTSE MIB (Itália), +0,29%;
- Stoxx600, +0,01%.
Ásia
Já os mercados da Ásia negociaram em baixa, seguindo a tendência de Wall Street, do pregão de ontem, também com os investidores olhando para o próximo ano.
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O índice Hang Seng de Hong Kong caiu forte em sua última hora de negociação, mesmo com a maior flexibilização das restrições da covid-19 começando a vigorar hoje.
Na China, ainda existe uma ponderação se a reabertura terá efeitos mais fortes do que os riscos de recordes de contaminação.
Essa é mesma preocupação no mercado de petróleo. Os preços estão em queda por conta das preocupações com um aumento nos casos de covid-19 na segunda economia do planeta, que é o maior importador mundial da commodity.
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Ou seja, a expectativa de que o alívio das restrições à pandemia levaria à recuperação econômica e ao crescimento da demanda por combustível ainda não se concretizou.
Confira os fechamentos das bolsas:
- Shanghai SE (China), -0,44%;
- Nikkei (Japão), -0,94%;
- Hang Seng Index (Hong Kong), -0,79%;
- Kospi (Coreia do Sul), -1,93%.
Commodities
- Petróleo WTI, -2,14%, a US$ 77,27 o barril;
- Petróleo Brent, -1,81%, a US$ 81,75 o barril;
- Minério de Ferro: +1,56%, a US$ 121,36.
Bitcoin
- Os preços do bitcoin caem -0,24%, a US$ 16.605
2. Agenda
A quinta-feira tem como principal indicador econômico os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana, um importante termômetro do mercado de trabalho e que é observado com atenção pelo Federal Reserve para sua decisão sobre juros.
Por aqui, os olhos estrão voltados ao anúncio de novos ministros pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para as 11h.
Antes disso, sai o IGP-M de dezembro, o índice de confiança do setor de serviços do mesmo mês e os dados fiscais do setor público referentes a novembro.
EUA
10:30: Auxílio-desemprego (semanal)
Brasil
08:00 IGP-M (Dezembro)
08:00 Confiança de Serviços – FGV (Dezembro)
9:30 Estatísticas Fiscais – BC (Novembro)
11:00 Lula anuncia novos ministros
3. Radar Político
Lula anuncia hoje novos ministros, com espaços para MDB, PSD e União Brasil
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar hoje os últimos ministros que vão integrar o primeiro escalão do novo governo a partir de janeiro. Lula ofereceu ao MDB, PSD e União Brasil a indicação de três ministros cada um – nove dos 16 que ainda faltava decidir até ontem.
Somadas, as três siglas têm no Congresso 143 deputados federais e 31 senadores, o que mostra a disposição de garantir uma base forte de apoio entre os parlamentares.
A expectativa é que o MDB deve ficar com as pastas de Cidades (Jader Filho), Transportes (Renan Filho) e Planejamento (Simone Tebet). O PSD deve preencher Minas e Energia (Alexandre Silveira), Agricultura (Carlos Fávaro) e Pesca (André de Paula). Ao União Brasil, serão destinadas as pastas da Integração, Turismo e Comunicações.
Moraes proíbe porte de arma na posse presidencial em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o porte de armas no Distrito Federal durante a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, a Força Nacional foi autorizada, ainda, pelo atual governo, a dar apoio à segurança na troca de comando do Palácio do Planalto.
A restrição imposta pelo STF começou a valer às 18 horas de quarta-feira e se estenderá até o dia 2 de janeiro. São esperadas 300 mil pessoas na capital para acompanhar a cerimônia, além de cerca de 30 chefes-de-estado.
Moraes disse que a medida é necessária para “evitar situações de violência armada” e para garantir a segurança de Lula, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e de “milhares de pessoas”.
4. Radar Econômico
Haddad defende “harmonizar” políticas fiscal e a monetária
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista ao jornal O Globo que, nesse momento, o mais importante para o novo governo é harmonizar a política fiscal e a monetária, pra ter uma política econômica consistente.
Para ele, nem sempre a política fiscal expansionista é errada, especialmente em momentos de crise, como a que ocorreu em 2008.
Sobre a crise econômica no final do governo de Dilma Rousseff, Haddad disse à jornalista Miriam Leitão que houve uma conjugação de medidas que produziram um efeito ruim e que também houve uma responsabilidade compartilhada com a oposição, que começou a aprovar pautas-bomba pra criar o ambiente do impeachment.
Sobre a equipe que vai comandar a economia, ele disse haver muita diversidade de pensamentos, o que é bom. “Não consigo pensar em duas pessoas que pensam mais diferente do que o Guilherme Melo e o Bernard Appy, por exemplo. São pessoas muito diferentes”, afirmou.
Equipe de Guedes se antecipa e envia proposta de novo arcabouço fiscal
O atual governo deixou pronta uma proposta para alterar o teto de gastos com a intenção de pautar o debate fiscal no ano que vem, antes que a equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresente sua sugestão.
Segundo o Estadão, a proposta da equipe de Paulo Guedes é incorporar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no cálculo do teto de gastos, que teria crescimento real permanente, acima da inflação, dependendo do nível da dívida. Hoje, o teto é corrigido apenas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
5. Radar Corporativo
BRF fecha acordo de leniência por Operação Carne Fraca, por R$ 583,9 mi
A BRF (BRFS3), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciaram na quarta-feira (28) a assinatura de um acordo de leniência fruto das investigações em torno da Operação Carne Fraca, de 2017- um esquema de corrupção que envolveu os maiores frigoríficos do País e o Ministério da Agricultura.
A dona de marcas como Sadia e Perdigão se comprometeu a pagar R$ 583,977 milhões ao Tesouro e a aperfeiçoar o programa interno de conformidade.
O valor do acordo inclui a devolução de vantagens indevidas e o pagamento de multas previstas na Lei Anticorrupção e na Lei de Improbidade Administrativa.
O montante deverá ser pago pela BRF à União em 5 (cinco) parcelas anuais, com início em 30 de junho de 2023.
(Com Estadão Conteúdo)
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