Futuros de NY caem com expectativas por falas do Fed antes de indicadores; IPCA-15 e Caged no Brasil e mais destaques

Investidores também acompanharão falas de vários membros do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia

Felipe Moreira

Painel e gráfico de ações em um tablet (Crédito: Shutterstock)
Painel e gráfico de ações em um tablet (Crédito: Shutterstock)

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Os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa nesta terça-feira (28), com investidores à espera da confiança do consumidor da Conference Board hoje, mas a semana toma força amanhã, com a divulgação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre, Balança Comercial e do Livro Bege do Federal Reserve (Fed).

Os investidores também acompanharão uma série de integrantes do Federal Reserve (Fed) que farão comentários ao longo do dia. Esses palestrantes incluem o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, bem como os governadores do Fed, Christopher Waller e Michelle Bowman.

Por aqui, o dado mais esperado da agenda doméstica será divulgado às 9h, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 de novembro, com projeção LSEG de alta de 0,30% ante outubro e de 4,80% na base anual.

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Já os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativo ao mês de outubro, serão divulgados às 13h. consenso LSEG prevê a geração de 125 mil empregos formais em outubro

A CAE do Senado marcou para às 10h o início da sabatina de Paulo Pichetti e Rodrigo Alves Teixeira, indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir diretorias no Banco Central (BC).

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo, enquanto investidores aguardam pela divulgação de dados da confiança do consumidor e falas dos membros Fed.

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Amanhã será divulgado segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre, Balança Comercial e do Livro Bege do Fed.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados acionários da Ásia não tiveram direção única nesta terça-feira. Entre os principais, Xangai exibiu ganho, mas Tóquio caiu, embora nos dois casos o impulso tenha sido limitado.

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O índice Nikkei fechou em baixa de 0,12%, a 33.408,39 pontos, em quadro de força do iene, que pressiona ações de exportadoras do Japão. Houve ainda relatos sobre ajustes de posições antes do fim do mês. Entre papéis em foco, Denso caiu 4,8%, Ono Pharmaceutical teve baixa de 2,8% e Mazda Motor, de 2,3%. Já Sojitz subiu 8,5%, após estabelecer meta de lucro líquido que agradou o mercado.

Na China, a Bolsa de Xangai registrou alta de 0,23%, a 3.038,55 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,60%, a 1.904,81 pontos. Ações de montadoras apoiaram o mercado local, após a mídia chinesa reportar que a Huawei havia convidado parceiras a investir em joint venture para carros inteligentes com a Chongqing Changan Automobile.

O sentimento pode ter sido apoiado também pelo tom otimista sobre a perspectiva econômica do país, em discurso do presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng. Ações de farmacêuticas subiram, mas incorporadoras estiveram sob pressão.

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Europa

Os mercados europeus operam em baixa após fortes ganhos em novembro, com autoridades do Banco Central Europeu (BCE) reduzindo as expectativas do mercado de cortes nas taxas de juros no próximo ano.

O índice de referência fechou na máxima em mais de dois meses na sexta-feira, alimentado pelas expectativas de que os principais bancos centrais, incluindo o Fed e o BCE, tinham terminado de aumentar as taxas de juro.

O BCE pode precisar aumentar as taxas de juros novamente se as perspectivas de inflação piorarem, e o banco não deve se apressar em flexibilizar a política monetária muito rapidamente após o conjunto mais acentuado de aumentos de taxas já registrado, disse o presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, na terça- feira.

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A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse na segunda-feira que a luta do banco para conter o crescimento dos preços ainda não terminou.

Commodities

Os preços do petróleo operam com alta, quebrando uma série de derrotas que durou várias sessões antes de uma reunião crucial da OPEP+, que deverá aprofundar e ampliar os cortes na produção de petróleo em meio a temores de que a oferta seja consistentemente superior à demanda.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com baixa superior a 2%, enquanto o governo chinês continuava monitorando os preços e intervindo no mercado para conter a alta dos preços.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para dezembro, SZZFZ3, caiu 3,2%, para US$ 132,69 a tonelada.

Bitcoin

2. Agenda

A agenda desta terça-feira traz IPCA-15 de novembro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,30% e de 4,80% na base anual

Além disso, na terça-feira, serão apresentados os dados da sondagem da indústria pela FGV e o resultado primário do governo, com expectativa do Bradesco de R$ 15,8 bilhões.

Brasil

8h: Confiança da indústria de novembro

9h: IPCA-15

11h: Campos Neto tem reunião com Deputado Federal Luiz Carlos Motta (PL/SP) e Romero Arruda, Consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados (fechado à imprensa)

12h30: Campos Neto tem reunião com Senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO) (fechado à imprensa)

13h: Caged; consenso LSEG prevê a geração de 125 mil empregos formais em outubro

EUA

11h: Índice mensal de preços de imóveis

12h: Confiança do consumidor de novembro

12h05: Discurso do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee

15h05: Discurso do membro do Fed, Michael Barr

18h30: Estoques de petróleo (API) semanal

Zona do Euro

13h: Discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde

3. Noticiário econômico

Mendonça suspende julgamento, mas STF forma maioria para regularizar pagamento de precatórios

Um pedido de vista do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, adiou a conclusão julgamento sobre a regularização do pagamento de precatórios, até 2026, para que dívidas reconhecidas em decisões judiciais sejam quitadas. A Corte, no entanto, já formou maioria para declarar inconstitucional a adoção de um teto anual para o pagamento dos precatórios.

O ministro vai ter até 90 dias para analisar a ação que é acompanhada de perto pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad. Depois que Mendonça devolver o caso para julgamento, o presidente Luís Roberto Barroso deverá colocar o tema novamente em pauta. Não há data para que isso ocorra.

O STF entra em recesso na terceira semana de dezembro e os trabalhos só retornam em fevereiro.

4. Noticiário político

Indicado para o STF, Dino será sabatinado na CCJ em 13 de dezembro

O senador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), marcou para o dia 13 de dezembro a sabatina de Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, divulgada nas redes sociais do senador, o relator na CCJ será o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

Atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Dino passará pela sabatina e precisa ser aprovado pela comissão e pelo Plenário do Senado para ocupar a vaga na Suprema Corte, aberta com a aposentadoria compulsória de Rosa Weber, que completou 75 anos no início do mês.

TSE inicia teste público das urnas eletrônicas para eleições de 2024

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou na última segunda o teste público de segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais de 2024. O teste é um procedimento de praxe realizado desde 2009.

Na sétima edição de testes, especialistas em tecnologia da informação poderão verificar os equipamentos que fazem a coleta e a transmissão dos votos dos eleitores.

Os testes serão realizados por 40 especialistas que se inscreveram espontaneamente, entre eles seis mulheres. O grupo deverá executar 34 planos de testes nas dependências do TSE até a próxima sexta-feira (1°).

5. Radar Corporativo

Vibra Energia (VBBR3)

A Vibra Energia (VBBR3) confirmou o recebimento de proposta não-vinculante da Eneva ([ativo=ENEV3) para o início de estudo visando à combinação de negócios das companhias. A Vibra disse que analisará o conteúdo da proposta de forma detalhada.

A proposta, inicialmente válida por 15 dias, resultaria na maior distribuidora de combustíveis do Brasil, a maior plataforma de geração termoelétrica e seria a terceira maior empresa listada de energia do Brasil com valor de mercado, potencialmente levando a um crescimento significativo da liquidez de ações, com a expectativa de que seja superior a R$ 300 milhões por dia.

Casas Bahia (BHIA3)

Os acionistas do Grupo Casas Bahia (BHIA3) aprovaram o grupamento das ações ordinárias de emissão da companhia na proporção de 25 para 1, sem alteração do atual capital social da varejista.

O capital social da empresa de R$ 5,449 bilhões passará a ser dividido em 95.083.231 ações ordinárias distribuídas entre os acionistas na mesma proporção por eles detida no momento imediatamente anterior à aprovação do grupamento de ações.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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