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SÃO PAULO – Quem vê os fundos de investimento como aplicações de longo prazo tem motivos de sobra para investir em fundos de previdência. Isto porque este tipo de fundo de investimento tem benefícios fiscais que, bem aproveitados pelo investidor, podem influir diretamente nos ganhos desta aplicação.
O primeiro fator que joga a favor de quem aplica nos fundos de previdência é a ausência do come-cotas incidente sobre os fundos de investimento tradicionais.
“Isso faz com que a previdência seja bastante interessante no longo prazo, porque o cliente passa a ter um rendimento sobre um recurso que ele não teria mais”, disse José Luis Pelaes Pinheiro, gerente de fundos de previdência da Caixa Vida e Previdência.
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Ausência de come-cotas aumenta a rentabilidade
Para José Luis, este efeito é pequeno no curto prazo, contudo, a ausência do come-cotas faz com que o resgate num fundo de previdência no longo prazo seja bem superior ao de um fundo de investimento tradicional, mesmo pagando imposto de renda na saída dos recursos. “Na previdência, como ele não paga estes 15% de imposto, ele tem um montante maior, ou seja, ele vai ter uma rentabilidade sobre um dinheiro que ele não teria mais”.
Renato Tenze, analista de fundos do HSBC, compartilha desta opinião. “O fato de não ter come-cotas é uma vantagem enorme para o cliente que fica no plano de previdência no longo prazo”, disse o analista.
Isto porque, com o recolhimento semestral do come-cotas, o fundo perde parte de sua rentabilidade, enquanto, num fundo de previdência, este montante, além de não ser recolhido, continua rendendo ao longo dos anos. Para Renato Tenze, no longo prazo a ausência do come-cotas é um dos fatores que leva os fundos de previdência a apresentar rentabilidade superior a fundos de investimento tradicionais.
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Escolha regime de tributação certo e pague menos IR
Se, por um lado, a ausência do come-cotas contribui para a rentabilidade dos fundos de previdência, a escolha de um regime tributário adequado ao período que o investidor pretende deixar seus recursos no fundo de previdência propicia o pagamento de menos imposto de renda (IR) no resgate.
Desde janeiro de 2005, o investidor tem condições de escolher o regime de tributação que incidirá em seu plano de previdência privada. De maneira geral, o regime regressivo é recomendado para quem planeja deixar seus recursos no fundo de previdência por um período mais longo, sendo que o contrário se aplica à recomendação do regime progressivo.
Cabe ainda destacar que é possível mudar de regime de tributação progressivo para regressivo enquanto se investir no fundo de previdência. O contrário não é valido, ou seja, não se pode mudar do regime regressivo para o progressivo.
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Investimento reduzido na base de cálculo do IR
Quem investe em fundos de previdência do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) tem uma terceira vantagem sobre os fundos de investimento tradicionais: abater seu investimento da base de cálculo de seu IR anual.
Aqueles que aplicam neste tipo de fundo de previdência podem, anualmente, deduzir da base de cálculo de suas rendas tributáveis o valor investido, até o limite de 12% de sua renda. Por exemplo, o investidor que, ao final de um ano, tem R$ 100 mil de rendas tributáveis sobre as quais incidirá Imposto de Renda pode reduzir desta base de rendas tributáveis o seu investimento nos fundos PGBL, até o limite de R$ 12 mil.
Contudo, Renato Tenze alerta que isto não é uma isenção fiscal, mas sim um diferimento (retardamento) fiscal. O imposto de renda sobre o fundo de previdência não será cobrado anualmente, mas incidirá no momento do resgate.
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