Fugindo do consenso, banco vê small caps como melhor investimento no longo prazo

Equipe do Bank of America Merrill Lynch afirma que classe tem melhor relação risco/retorno em 30 anos; ouro foi pior escolha

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – As ações conhecidas como “small caps“, pelo menor valor de mercado de suas empresas e pela baixa liquidez nas bolsas, foram motivo de análise do time do Bank of America Merrill Lynch na última segunda-feira (16), resultando em uma conclusão diferente do que o consenso está acostumado a dizer.

Com base em dados compilados de 1970 a 2008, a equipe de especialistas chegou à conclusão de que as ações com menor liquidez tiveram a melhor relação risco/retorno nos EUA, deixando o ouro com o posto de pior desempenho.

Pequena notável

“Quando se trata de ganhos em um ano, os Treasuries foram apontados como sendo a estratégia mais conservadora”, informou o documento. “As small caps tiveram as melhores performances, mas foram mais arriscadas que as tradicionais”.

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Porém, quando o horizonte passou para três anos, a relação dos papéis de menor liquidez melhorou significativamente, de forma a tangenciar o desempenho das ações consideradas grandes. “Elas já ficaram acima da média de rendimentos e, geralmente, mostraram pouco risco”.

Quando o intervalo de tempo aumentou para mais de cinco anos, os analistas perceberam que essa relação se tornou ainda mais promissora, deixando as small caps com o cargo de menos arriscadas e mais rentáveis.”Surpreendentemente, o S&P 500 e os Grow Funds apresentaram riscos maiores que outras classes de ações”.

Chance de perda?

“Com exceção do ouro, investidores têm pouca chance de perder dinheiro quando eles escolhem as small caps por períodos maiores que dez anos”, informou a equipe do banco. “Só na situação atual de um bear market é que muitos papéis registraram desempenho negativo ao longo de uma década”.

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Terminando com uma análise setorial, o estudo feito entre 1970 e 2008 mostrou que investimentos mais longos não reduziram as chances de perdas nos setores de Tecnologia e Telecom. “Na verdade, horizontes maiores aumentaram a chance de perder dinheiro nesses segmentos”.

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