Fortes vendas no varejo local podem impedir queda da Selic, diz banco

Vendas cresceram 1,3% em novembro de 2011, contra +0,4% projetado pelo mercado; mercado de trabalho continua aquecido

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – As vendas no varejo brasileiro no mês de novembro excederam as expectativas do mercado, o que pode fazer com que o Banco Central não corte a taxa Selic em um futuro próximo, avaliou o HSBC. Embora isso seja só uma possibilidade, o avanço de 1,3% das vendas no varejo, contra a alta de 0,4% esperada pelos analistas, pode indicar que a economia está melhor do que era esperado, diz o economista Constantin Jancso, do HSBC.

A equipe de economia da Votorantim Corretora, composta por Roberto Padovani, Alexandre Andrade e Bruno Surano, também avaliou o resultado como positivo. “Não mudamos, no entanto, nosso cenário. Nos últimos 12 meses, o volume de vendas manteve a desaceleração observada no indicador há vários meses, alcançando uma alta de 7,0%”, justificam os economistas. 

Vendas devem acelerar
A MCM Consultores acredita que haverá uma aceleração no futuro próximo, com melhora da demanda – por conta das medidas de estímulo adotadas pelo governo. “Elas devem ter impacto positivo sobre as vendas no varejo no final de 2011 e início deste ano. Além disso, o mercado de trabalho continua aquecido, com o rendimento médio real voltando a subir”, lembra a consultoria. 

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A equipe da Votorantim concorda com isso. “Acreditamos que os estímulos monetário e fiscal já em curso devem promover um ponto de inflexão no varejo no primeiro trimestre de 2012, fazendo as vendas voltarem a acelerar”, afirmam Padovani, Andrade e Surano. Assim, eles projetam uma alta de 6,0% nas vendas de comércio varejista no ano; mesmo assim, abaixo do que deverá ser visto em 2011.

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