Flexibilização na China, Opep e mais: as notícias que puxam as altas do petróleo e do minério nesta segunda

Segunda-feira é de avanço para commodities em meio a diversas notícias do último fim de semana; teto de preços ao petróleo russo também no radar

Equipe InfoMoney

Minério de ferro (Getty Images)
Minério de ferro (Getty Images)

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Os preços do petróleo subiam cerca de  2% nesta segunda-feira (5), na sequência de importantes acontecimentos nos últimos dias.

Às 7h20 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para fevereiro de 2023 avançavam 2,01%, a US$ 87,29 o barril, enquanto o WTI para janeiro tinha alta de 2,08%, a US$ 81,64 o barril.

Em destaque, no fim de semana, os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) mantiveram suas metas de produção antes de uma proibição da União Europeia e um teto de preço para o petróleo russo.

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Os últimos dias foram repletos de notícias importantes para o mercado de petróleo. Também no radar, esteve um sinal positivo para a demanda por combustível, com mais cidades chinesas reduzindo as restrições à Covid-19.

Os contratos futuros de minério de ferro também avançaram nesta segunda-feira, à medida que aumentaram as esperanças de uma maior demanda depois que mais cidades do principal polo siderúrgico da China diminuíram as restrições rígidas contra a Covid-19 no fim de semana.

O minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian encerrou a negociação diurna com alta de 2,4%, a 795,5 iuanes (US$ 114,41) a tonelada, depois de subir 4,1% no início do pregão, atingindo seu nível mais alto desde 16 de junho.

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Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em dezembro tinha alta de cerca de 2% nesta manhã para US$ 108,75 a tonelada.

Confira as notícias que estão movimentando os mercados das commodities:

Flexibilização das medidas anti-Covid na China

Moradores de Pequim comemoraram no sábado (3) a retirada de cabines de testes para covid-19, enquanto Shenzhen disse que não exigiria mais resultados de testes para as pessoas se locomoverem para trabalhar, com a China afrouxando cada vez mais as suas restrições contra o vírus.

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Embora os casos diários estejam próximos dos patamares mais altos registrados até agora, algumas cidades estão adotando medidas para aliviar exigências de testes de Covid-19 e regras de quarentena.

A China busca tornar sua política de Covid zero mais direcionada, em meio a uma aguda desaceleração econômica e frustração do público que se transformou em agitação popular.

Mais cidades chinesas, incluindo Urumqi, no extremo oeste, anunciaram uma flexibilização das restrições no domingo, enquanto a China tenta tornar sua política de Covid-zero mais direcionada e menos onerosa após protestos sem precedentes contra as restrições no fim de semana passado.

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Opep+

A Opep+ concordou em manter suas metas de produção de petróleo em reunião neste domingo, enquanto os mercados petrolíferos lutam para avaliar o impacto da desaceleração da economia chinesa na demanda e do teto no preço do petróleo russo pelo G7.

A decisão ocorre dois dias depois que os países do Grupo dos Sete (G7) concordaram com o estabelecimento de um teto de preço para o petróleo russo.

A Opep+, que compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, enfureceu os Estados Unidos e outras nações ocidentais em outubro, quando concordou em cortar a produção em 2 milhões de barris por dia, cerca de 2% da demanda mundial, de novembro até o final de 2023.

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Washington acusou o grupo e um de seus líderes, a Arábia Saudita, de se aliar à Rússia, apesar da guerra de Moscou na Ucrânia.

A Opep+ argumentou que cortou a produção por causa de uma perspectiva econômica mais fraca. Os preços do petróleo têm recuado desde outubro devido ao crescimento mais lento na China e no mundo e às taxas de juros mais altas, levando a especulações do mercado de que o grupo poderia cortar a produção novamente.

Mas neste domingo o grupo de produtores de petróleo decidiu manter a política. Ministros importantes da organização se reunirão em 1º de fevereiro para um comitê de monitoramento, enquanto uma reunião completa está marcada para os dias 3 e 4 de junho.

Teto para o petróleo russo

A União Europeia (UE) chegou na sexta a um acordo para impor um teto de US$ 60 por barril ao preço do petróleo russo.

“O acordo da UE sobre os preços máximos do petróleo, coordenado com o G7 e outros parceiros, reduzirá significativamente as receitas da Rússia, ajudará a estabilizar os preços globais da energia, beneficiando as economias emergentes em todo o mundo, e será ajustável ao longo do tempo para reagir aos desenvolvimentos do mercado”, disse na sexta a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen..

Segundo von der Leyen, a iniciativa permitirá que o petróleo da Rússia seja transportado e negociado para terceiros países desde que o teto do valor seja respeitado.

Após a decisão, os Estados Unidos parabenizaram o teto europeu que “ajudará a limitar a capacidade da máquina de guerra de Putin” na Ucrânia, segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

O representante na área de energia do presidente russo, Vladimir Putin, disse que o país não venderá petróleo sujeito a um teto de preço imposto pelo ocidente, mesmo que isso signifique cortar a produção.

(com Ansa Brasil e Reuters)

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