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Previsto para ser lançado ainda este ano, o contrato futuro de Bitcoin (BTC) da B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira, usará como referência de preço o índice Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price, disse ao InfoMoney uma fonte com conhecimento do assunto.
O índice foi criado pela gestora brasileira Hashdex junto com a bolsa americana Nasdaq e busca refletir o preço do Bitcoin em dólar, sendo utilizado como referência pelo ETF (fundo negociado em Bolsa) BITH11, da própria Hashdex.
Durante a teleconferência de divulgação de resultados do primeiro trimestre, em maio deste ano, o executivo-chefe financeiro da B3, André Milanez, já tinha afirmado que a bolsa brasileira pretendia lançar em até 6 meses o seu produto de futuro de Bitcoin. No início do ano, a B3 chegou a comentar também sobre um contrato futuro de Ethereum (ETH) até 2023, mas ainda não existem maiores informações, como data de lançamento e índice de referência para o produto.
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A definição do índice de referência é acompanhada de perto pelo mercado porque é o primeiro passo para finalmente criar um mercado futuro de cripto no Brasil, permitindo operações alavancadas com esses ativos em um mercado regulado e com a grande estrutura da Bolsa. Isso pode ser importante também para destravar a entrada de novos investidores institucionais, que agora poderão operar fazendo estratégias que só são permitidas por meio de futuros, como hedge.
O InfoMoney entrou em contato com a B3, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria.
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Contrato futuro é um tipo de produto negociado em Bolsa muito utilizado para se fazer hedge (proteção) e estratégias de alavancagem, além de permitir algumas outras operações estruturadas. Em resumo, esse contrato representa o compromisso de comprar ou vender um determinado ativo em uma data futura por um preço predefinido.
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Para se criar um contrato futuro é preciso ter um índice de referência, que é utilizado como base do preço atual do ativo ao qual esse derivativo se refere. Hoje no Brasil existem diversos tipos de contratos futuros, como de dólar, ouro, soja, boi, entre outros.
No exterior, a CME (Chicago Mercantile Exchange), a maior bolsa de commodities do mundo, tem um futuro de Bitcoin em dólar desde 2017 e recentemente lançou também um contrato da criptomoeda em euro.
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