Exclusão de Cemig e Eletrobras da aquisição da EDP é positiva

Para analistas, junção dos negócios seria negativa por falta de sinergia entre as operações das empresas

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Após o Conselho Geral e de Supervisão da portuguesa EDP não aprovar a venda da companhia para as empresas brasileiras Eletrobras (ELET3ELET6) e Cemig (CMIG4), os analistas da Votorantim Corretora, Marcio Loureiro e Bruno Santos, avaliam a recusa como positiva.

“Em nossa visão, a amplitude dos negócios da EDP, diluídos dentre os diversos países, traria um retorno negativo em relação às sinergias junto às operações das empresas brasileiras”, disseram os analistas da corretora do Votorantim.

A proposta da Eletrobras implicaria em um controle superior aos 21,35% que o estado Português está disposto a vender. A intenção da Companhia brasileira era de se associar à espanhola Iberdrola, que por sua vez detém 6,79% de participação na EDP. No caso da Cemig, o preço ficou distante das demais.

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A EDP possui negócios na Espanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Bélgica, Polônia, Romênia, Canadá, Brasil e Estados Unidos.

As escolhidas
A comissão executiva da EDP avaliou como mais favoráveis as propostas apresentadas pela alemã E.ON e pela Chinesa Three Gorges. A decisão do conselho será passada para o principal acionista da empresa, ou seja, a Parbública, que por sua vez comunicará seu parecer ao governo.

A oferta da Three Gorges foi de € 2,7 bilhões pelos 21,35% da EDP à venda, somado a um planejamento para o setor industrial de € 2,0 bilhões e mais um aporte financeiro de € 4,0 bilhões no intuito de aliviar o nível endividamento de € 16,5 bilhões para os próximos anos. Até 2015, a necessidade de capital da Companhia totaliza € 10,5 bilhões.

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O grupo alemão E. ON apresentou € 2,5 bilhões pela fatia da EDP, mais uma promessa de aporte financeiro de € 2,0 bilhões. A E. ON acredita que a sua estabilidade no setor sustentaria o seu plano de negócios junto a companhia Portuguesa.

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