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Os bancos norte-americanos tiveram queda de 5,8% no lucro líquido em 2022 contra o ano anterior, para US$ 263,0 bilhões, impactados pelo aumento dos calotes e reforço nas provisões para fazer frente a um cenário macroeconômico mais desafiador nos Estados Unidos, informou hoje a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC).
Apesar disso, a cifra ainda superou a média vista no período anterior à pandemia de covid-19, conforme a entidade, que se assemelha ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) no Brasil.
No quarto trimestre, o lucro líquido dos bancos nos EUA recuou 4,6% ante o terceiro, totalizando US$ 68,4 bilhões, segundo a FDIC. Além de maiores provisões, as instituições financeiras norte-americanas têm sido afetadas por menores receitas em outras linhas de negócios, ou seja, que não o crédito, o que também impacta a lucratividade do segmento. A FDIC compreende um conjunto de 4.706 instituições financeiras nos EUA.
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“As principais métricas do setor bancário nos EUA permanecem favoráveis neste momento”, disse o presidente da FDIC, Martin J. Gruenberg. Segundo ele, o segmento continua “bem capitalizado” e “altamente líquido”.
“No entanto, o setor bancário continua a enfrentar riscos significativos de queda da inflação, aumento das taxas de juros do mercado e incerteza geopolítica”, acrescentou.
Em um cenário de juros mais altos nos EUA, os bancos locais ampliaram em 8,7% suas carteiras de crédito em 2022, alcançando o saldo de US$ 979,9 bilhões em empréstimos.
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Por sua vez, a qualidade dos ativos se deteriorou tanto no quarto trimestre quanto ao longo de 2022. Os indicadores de inadimplência permaneceram, porém, abaixo do nível pré-pandemia, conforme a FDIC.
Tanto é que o número de instituições que figuram a lista de “bancos com problemas” nos EUA se reduziu em três no quarto trimestre ante o terceiro, para um total de 39 nomes. Trata-se do nível mais baixo desde o início da série histórica, em 1984, informa a FDIC. Nenhum banco faliu nos EUA nos últimos 28 meses.
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