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A Casa Branca alertou na noite de quarta-feira (9) que a Rússia pode usar armas químicas ou biológicas na guerra da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
A declaração ocorreu após a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, “exigir” que os americanos explicassem um suposto apoio a laboratórios biológicos na Ucrânia que estariam desenvolvendo “armas químicas” com patógenos como “o da peste e da cólera”.
Zakharova afirmou que documentos foram encontrados durante a invasão na Ucrânia, e a informação foi repetida nesta quinta-feira (10) pelo Ministério da Defesa do país. EUA e Ucrânia negam e dizem que as acusações fazem parte da “campanha de desinformação” típica do governo russo.
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“Agora que a Rússia fez essas falsas alegações — e a China aparentemente endossou essa propaganda —, todos nós devemos estar atentos para que a Rússia possivelmente use armas químicas ou biológicas na Ucrânia, ou crie uma operação de bandeira falsa usando isso. É um padrão claro”, escreveu a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em sua conta no Twitter.
Psaki afirmou ainda que “tudo isso é um óbvio estratagema da Rússia para tentar justificar seu ataque premeditado, não provocado e injustificado à Ucrânia”. Disse também que os EUA não têm e não desenvolvem armas do tipo em “nenhum lugar do mundo”, mas que é Moscou quem é acusada de usar com frequência esse tipo de artifício.
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“É a Rússia que tem um histórico longo e bem documentado de uso de armas químicas, inclusive em tentativas de assassinato e envenenamento de inimigos políticos de Putin, como Alexey Navalny. É a Rússia que continua a apoiar o regime de Assad na Síria, que tem usado repetidamente armas químicas. É a Rússia que há muito mantém um programa de armas biológicas em violação ao direito internacional”, concluiu a porta-voz da Casa Branca.
Desde que a Rússia reconheceu como independentes as áreas separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk, em 22 de fevereiro, e iniciou a invasão ao país vizinho, no dia 24, o governo Putin, empresas, oligarcas e bancos vêm sendo alvos de duras sanções dos Estados Unidos, da União Europeia e do Reino Unido, além de aliados.
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