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LONDRES – A Escócia irá publicar nesta semana propostas de como pode se manter no mercado único da União Europeia após o Reino Unido deixar o bloco, para evitar o “desastre nacional” de um “duro Brexit”, disse o governo escocês no domingo.
A primeira-ministra britânica Theresa May afirmou que irá acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, processo formal de deixar a UE, até o final de março, para começar dois anos de negociações sobre a saída.
No entanto, seus planos para as negociações foram envoltos em segredos e empresas e investidores temem que o Reino Unido busque um “duro Brexit”, em que controlar a imigração se torne prioridade sobre o acesso ao mercado único europeu.
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Embora o Reino Unido como um todo tenha votado para deixar a UE em junho, a Escócia apoiou fortemente a permanência no bloco.
O governo nacionalista descentralizado do país afirmou querer continuar sendo parte da UE quando todo o resto do Reino Unido sair, e na terça-feira irá apresentar planos de permanecer no mercado único de 500 milhões de consumidores caso isso se mostre impossível.
“Nós iremos apresentar propostas de compromisso que, apesar de não conferirem todos os benefícios da adesão à UE, diminuirão os danos do Brexit”, disse Michael Russell, ministro do governo escocês para as negociações com a UE.
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“No coração do nosso plano está uma estrutura para manter o lugar da Escócia no mercado único europeu.”
Russell afirmou que tal plano enfrenta “complexidades”, mas um “duro Brexit” ameaça 80 mil empregos escoceses ao longo de uma década.
“Isso seria um desastre nacional para a Escócia”, disse ele. “O Brexit apresenta a todos um desafio sem precedentes, e com a boa vontade política de todos os lados e uma disposição de colaborar, essas propostas podem trazer uma solução para a Escócia.”
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Os planos também irão destacar novos poderes “substanciais” que podem ser entregues ao parlamento descentralizado em Edinburgh pós-Brexit.
May prometeu trabalhar com os governos escocês, galês e do norte da Irlanda para alcançar uma estratégia de negociação unificada para o Brexit, que está prejudicando ainda mais a antiga união entre Inglaterra e Escócia.
Os escoceses rejeitaram a secessão em um referendo em 2014, mas o Partido Nacional Escocês alertou que poderia realizar uma segunda votação de independência.
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