ERRATA – “Eike Batista do Sul” muda nome de sua empresa para evitar comparação com grupo EBX

Antiga ESX e atual Utilium entrou em contato com o InfoMoney para esclarecer algumas informações apontadas na época

Lara Rizério

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Sobre as matérias “‘Eike Batista do Sul’ muda o nome da sua empresa para evitar comparação com o Grupo EBX”, publicada em 07 de outubro de 2013 e “CVM barra mais dois pedidos de registro de companhia aberta de “fã de Eike” publicada em 26 de dezembro de 2013, onde a UTILIUM PARTICIPAÇÕES S/A foi citada, informamos: 

O Sr. Carlos Zamponi, Diretor de RI da Utilium entrou em contato com o InfoMoney e explicou que as declarações do Sr. Gedeão do Nascimento dadas ao InfoMoney em outubro de 2013 foram feitas de forma inapropriada e desautorizada, fornecendo informações inverídicas sobre a companhia e os atos proferidos na ata da AGE (Assembleia Geral Ordinária) realizada em 03 de outubro de 2013. 

O InfoMoney, no momento que foi comunicado da verdade dos fatos e com base na ata da AGE da Utilium de 03 de outubro de 2013, resolveu publicar essa errata, corrigindo as informações prestadas aos seus leitores, sobre o teor das referidas matérias, esclarecendo: 

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1) O Sr. Alexandre Azambuja vendeu o controle da companhia em 03 de outubro de 2013, onde permaneceu como presidente do Conselho de Administração e sócio com apenas 3 (três) ações num universo de 1.500.000 (um milhão e quinhentas mil) ações existentes à época. 

2) O nome Utilium foi criado e modificado pelo novo controlador da companhia, sem qualquer interferência ou influencia do Sr. Alexandre Azambuja.

3) A diretoria e conselho de administração da ex-ESX e atual Utilium Participações foi modificada no dia 03 de outubro de 2013, inclusive o Sr. Gedeão do Nascimento renunciou aos seus cargos nesta AGE. Portanto no dia 07 de outubro de 2013, data da matéria, ele não falava mais em nome da companhia.

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4) O Sr Alexandre Azambuja permaneceu como Presidente do Conselho como simples elo de transição entre os antigos proprietários e o novo controlador, e permaneceu no cargo até o dia 17 de Dezembro de 2013, quando foi destituído, em atendimento a um oficio da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A autarquia em resposta à companhia considerou-se satisfeita com a imediata atitude do controlador.

5) A Companhia não pertencia mais ao Sr Alexandre Azambuja e a Templars Trust desde 03 de outubro de 2013, sendo assim todas as declarações do Sr. Gedeão do Nascimento, que foi a fonte da matéria de 07 de outubro de 2013, não possuíam nenhuma validade, haja vista que este não mais exercia qualquer cargo na companhia.

O InfoMoney vem através desta pedir desculpas aos acionistas, diretores e conselheiros da Utilium Participações SA.

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Íntegra da matéria publicada em 7 de outubro de 2013:

SÃO PAULO – Com a derrocada do grupo EBX, de Eike Batista, não é somente a holding que quer se desvincular do seu passado e mudar seu nome, conforme informado pela coluna Radar, da Veja, no último final de semana. A ESX Energia Solar já mudou sua razão social, conforme comunicado enviado ao mercado na última sexta-feira, para Utilium Participações.

Apesar do nome, não se engane: a empresa de energia solar não faz parte do grupo EBX. A empresa é mais um dos empreendimentos de Alexandre Souza de Azambuja, responsável por um grande número de pedidos de registros à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Todas as companhias criadas por ele fazem parte da holding Templars Trust, com a ideia de reunir empresas start-up, ou iniciantes, que tenham a possibilidade de captação de recursos nos mercados.

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Dentre as empresas que fazem parte do portfóilio da holding de Azambuja, considerado o “Eike Batista do Sul” estão a BR Night Entertainment e Atletas Brasileiros. Azambuja sempre afirmou que se espelhou em Eike para realizar os seus negócios. Com isso, o diretor vice-presidente da ESX, Gedeão do Nascimento, procurado pelo InfoMoney, reiterou que a mudança do nome da empresa reflete a crise do grupo de Eike Batista.

Conforme aponta Nascimento, a ideia de colocar o nome de ESX era alcançar o grupo EBX, pegando “carona” no sucesso inicial das empresas do grupo de Eike Batista com o IPO (Initial Public Offering), que aconteceram na sua maior parte entre os anos de 2006 e 2010. “Contudo, em meio às dificuldades que as companhias de Eike enfrentam na bolsa e ao ambiente mais hostil, a estratégia mudou”, afirmou Nascimento. No comunicado oficial, a companhia também destacou a alteração completa de seu objeto social tendo em vista outras oportunidades de negócios vislumbradas. 

E não é só a ESX que tem um nome similar às empresas do grupo EBX dentro da holding Templars Trust: a empresa de energia eólica do grupo, EOX, também tem um nome bastantes similar às conhecidas companhias do grupo: OGX Petróleo (OGXP3), MMX Mineração (MMXM3), OSX Brasil (OSXB3), CCX Carvão (CCXC3), LLX Logística (LLXL3) e a antiga MPX Energia (MPXE3), que mudou de nome no dia 16 de setembro para Eneva, após seu controle ser transferido para a alemã E.ON. 

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Além da alteração do nome da ESX, o comunicado da última sexta-feira trouxe outras novidades, como a renúncia de Wallid Nicholas Assad e Doriane Anunciação Markiewicz do conselho de administração, enquanto elegeram para um novo mandato Azambuja, Lucas Urach Sudati e Guillermo Federico Piacesi Ramos. Além disso, a companhia também decidiu que irá desdobrar suas ações na proporção de um para três.   

Pré-operacionais na bolsa
Na página principal da holding de Alexandre Azambuja, a Templars Trust, o destaque fica para notícias que remetem ao perfil do empresário, que é colocado como futuro campeão da abertura de capital no Brasil ao prometer colocar no mercado as ações de 28 empresas. 

Eike Batista era tido como o norte para o empresário, mas Azambuja destaca nas reportagens que o seu portfólio é diferente, apostando em diversas frentes como companhias de bebidas energéticas, de marketing esportivo, drogarias, estacionamentos e salões de belezas.

A ideia da Templars Trust é criar e preparar pequenas empresas pré-operacionais sem ativos para chegar ao mercado, de modo a capitalizá-las por meio de leilões na bolsa para venda de participações acionárias. Porém, conforme ressalta a reportagem da Época Negócios de julho, a diferença é que Azambuja negocia previamente com os investidores, numa chamada fusão reversa. A companhia sem ativos, mas listada em bolsa e atendendo a requisitos de governança corporativa, se funde com outra que está fora do mercado acionário.

Contudo, em entrevista para a Época, o empresário paranaense afirmou: o mau humor das empresas X originais, sob comando de Eike, dificulta a entrada de projetos pré-operacionais das companhias brasileiras. Por outro lado, afirma o diretor vice-presidente da ESX, agora Utilium, a expectativa é de uma capitalização na empresa ocorra no segundo semestre de 2014. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.