Entre cena corporativa e dados dos EUA, bolsas operam sem tendência

Europa recua, enquanto mercado futuro norte-americano indica abertura em alta; Wholesale Inventories são aguardados por lá

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Enquanto nos Estados Unidos os últimos dados econômicos melhoraram a percepção dos investidores, na Europa a notícia de que o Deutsche Bank pretende levantar até US$ 11,4 bilhões em capital ameaça reacender os temores em relação à saúde do sistema financeiro. Em meio a tudo isso, Japão e China trazem novidades sobre estímulos e economia.

Nesse cenário, os mercados operam com franca divergência. Na Europa, o índice DAX 30, da bolsa de Frankfurt, negocia em leve baixa de 0,31%, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, cai 0,17%. Já o FTSE 100, da bolsa de Londres, opera próximo da estabilidade. 

No mercado futuro norte-americano, os índices Nasdaq, S&P e Dow Jones avançam 0,38%, 0,31% e 0,21% na CME (Chicago Mercantile Exchange). Por fim, na Ásia, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em alta de 1,55%, enquanto o Shanghai Composite, da Bolsa de Xangai, subiu 0,26%. 

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Mantendo os dados já divulgados nesta manhã em perspectiva, os investidores devem avaliar ainda a agenda dos Estados Unidos. O destaque fica com o Wholesale Inventories, que mostra a situação dos estoques e das vendas do setor atacadista norte-americano e deve ser divulgado às 11h (horário de Brasília).

Foco na Europa…
Os 27 países que compõem a União Europeia registraram déficit de € 50,8 bilhões em conta corrente no segundo trimestre de 2010, comparado ao saldo negativo de € 44,7 bilhões registrado no mesmo período de 2009. Além das transações de bens e serviços, o saldo em conta corrente inclui as transferências realizadas entre os países, excluindo transações de ativos financeiros e dívidas.

No Reino Unido, o PPI (Producer Price Index), que reúne dados sobre os preços aos produtores, mostrou que a inflação caiu mais que o esperado por analistas, para 4,7% no mês passado, comparado aos 5% registrados em julho.

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… na China…
A China voltou a registrar saldo positivo na balança comercial no mês de agosto, obtendo superávit de US$ 20 bilhões. O valor, contudo, é inferior às expectativas de analistas, de US$ 30 bilhões. Embora as exportações tenham mantido o forte ritmo de expansão, de 34,4% na passagem anual, as compras chinesas no exterior reagiram, com alta de 35,2% na mesma base de comparação.

… e no Japão
Nesta manhã, foi divulgado que a economia japonesa cresceu ao ritmo de 1,5% no segundo trimestre do ano, informou o governo em nova revisão do PIB (Produto Interno Bruto).

Ademais, o primeiro ministro Naoto Kan detalhou planos de estímulos à economia, no valor aproximado de US$ 11 bilhões, no qual pretende impulsionar a criação de empregos, aquecer o consumo e incentivar novos investimentos.

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Entre bancos e telecomunicações
Na cena corporativa, duas notícias chamam a atenção nesta manhã. A primeira é o possível aumento de capital por parte do Deutsche Bank, que pode atingir € 9 bilhões, ou US$ 11,4 bilhões – notícia mal recebida no mercado alemão, onde as ações do banco recuam mais de 5%.

Por outro lado, a Nokia vê suas ações dispararem quase 7% depois do anúncio de que Stephen Elop irá substituir Olli-Pekka Kallasvuo como CEO (Chief Executive Officer) a partir de 21 de setembro. O canadense Elop era chefe da unidade de negócios da Microsoft ligada ao Office.

Brasil
Por aqui, o dia também começa movimentado. A sessão marca a primeira data de corte para a oferta primária de ações da Petrobras (PETR3, PETR4). A subscrição de 80% das ações inicialmente previstas no âmbito da oferta global serão destinadas à Oferta Prioritária, da qual poderão participar somente os acionistas que tenham posição de custódia em papéis da estatal ao final desta sexta.

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Ainda em relação à estatal, a União publicou um decreto em edição extra do Diário Oficial autorizando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Caixa Econômica Federal a transferirem ações para o Fundo Soberano do Brasil, que poderá entrar na capitlização.

Na agenda, a inflação segue em foco. O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) registrou nova desaceleração na primeira quadrissemana de setembro, marcando inflação de 0,15% no período. A taxa é 0,05 ponto percentual inferior à variação apontada no mesmo período de agosto.

Já o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) apontou inflação de 1,10% em agosto, taxa 0,88 ponto percentual acima da medição anterior. O resultado também ficou acima das expectativas do mercado, que, segundo o último relatório Focus, apontavam variação de 0,70% no acumulado mensal.

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