Empresários e parlamentares defendem redução da TJLP

Para economista da CNI, taxa, que está em 9,75% ao ano, poderia ser reduzida em até 0,75 p.p. na reunião do CMN da próxima semana

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após a redução da taxa básica da economia, a Selic, empresários e parlamentares já defendem uma redução da TJLP (taxa de juros de longo prazo) na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para a próxima quinta-feira, dia 29.

Do ponto de vista dos empresários, o corte da TJLP é extremamente importante, uma vez que a taxa é usada na correção das linhas de crédito voltadas para investimento, como é o caso das linhas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico). A posição do empresariado é compartilhada pelo próprio presidente do BNDES, Guido Mantega, que afirmou acreditar que as condições da economia já permitam um corte da TJLP.

Corte de até 0,75 p.p.

Enquanto a Selic é revista mensalmente pelo Copom (Comitê de Política Monetária), a TJLP é fixada trimestralmente pelo CMN, com base na expectativa de inflação futura e no prêmio pelo risco.

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Considerando que estes dois fatores sofreram forte queda nos últimos meses, o coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, acredita que existe espaço para um corte mais significativo, entre 0,5 e 0,75 ponto percentual. Mantida desde o segundo trimestre do ano passado, a TJLP se encontra em 9,75% ao ano.

CNI defende redução de spread

O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, também defende o corte, pois acredita que a redução da TJLP seja importante para estimular o investimento. O deputado petista, Carlito Mers (SC) foi ainda mais enfático, ao afirmar que nos níveis atuais a taxa funciona como um “verdadeiro freio de mão para a economia”. Por sua vez, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) criticou o atual patamar dos juros, que considera a maior transferência de renda do setor privado para o público do mundo.

Ainda que a redução da TJLP seja importante, o presidente da CNI ressalta que a entidade defende a redução do spread, ou seja, a diferença entre o custo do empréstimo e o custo de captação dos bancos, e que, para isso, é importante analisar medidas que reduzam o impacto dos impostos na intermediação financeira.

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