Em meio ao Copom, investidores se concentram no cenário externo

Bom desempenho do leilão de títulos da Espanha pode marcar dar positivo aos mercados; forte agenda dos EUA segue no radar

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Sabida a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que na véspera reduziu mais uma vez a taxa básica de juros Selic para 9% ao ano, a atenção dos investidores, nesta quinta-feira (19), deverá se dividir entre essa decisão do Banco Central e o cenário externo. “O foco estará na Espanha e no desempenho do leilão títulos do governo de 2 anos e 10 anos”, crava o analista-chefe do Danske Bank, Jens Peter Sorensen.

Mais cedo, o Tesouro espanhol captou € 2,54 bilhões com a venda de títulos de dois anos, acima do teto da faixa pretendida, entre € 1,5 bilhão e € 2,5 bilhões. Na oferta a 10 anos, o rendimento médio chegou a 5,743%, contra 5,403% da última emissão, e na dois anos o yield médio foi de 3,463%, inferior aos 3,495% do leião anterior. Analistas internacionais afirmam que a remuneração mais alta não foi uma surpresa e, inclusive, foi o que colaborou para atrair a forte demanda do leilão.

“Já em termos de dados o foco estará nos lançamentos dos EUA. Esperamos uma queda menor no Filadélfia Index, da atividade industrial na região, em linha com o enfraquecimento dos detalhes sobre o futuro do índice ISM, do setor manufatureiro” diz Sorensen.

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No que se refere ao Initial Claims, com o número de pedidos de auxílio-desemprego em base semanal, os analista do Danske espera uma contração, tendo em vista a alta registrada na úiltima medição do dado. “Esperamos que as vendas de casas existentes sejam praticamente inalterado em março”, conclui ao referir-se a outro indicador do dia, o Existing Home Sales, que mede as vendas de casas usadas na maior economia do mundo.

Front interno
Segundo a diretora da AGK Corretora de Câmbio, no Brasil, o foco inicial do dia será a reação ao Copom. “Nesse sentido, os analistas são unânimes em afirmar que se há algum viés no comunicado do Copom, ele é de baixa”, disparou a especialista, que ainda completa. “A bolsa segue de olho no ambiente externo, mas sem fôlego para grandes movimentos em meio à cautela que prevalece entre os investidores internacionais”.

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