Eletrobras (ELET6): ações caem forte após Lula criticar privatização e dizer que AGU pode pedir revisão de contrato

Presidente chamou o o processo de privatização de "errático", "lesa-pátria" e "quase que uma bandidagem"

Equipe InfoMoney

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A privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6) foi novamente criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desta vez durante café da manhã com a chamada “mídia independente e alternativa”.

Com isso, as ações da Eletrobras registraram uma sessão de queda: os papéis ELET3 fecharam em baixa de 3,51%, a R$ 36,87, enquanto os ELET6 tiveram baixa de 3,43%, a R$ 38,90.

Lula afirmou que, possivelmente, a Advocacia-Geral da União (AGU)  contestará as cláusulas “leoninas” do contrato de privatização na Justiça, de forma a rever os termos e efeitos da desestatização da empresa.

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Ele chamou o o processo de privatização de “errático”, “lesa-pátria” e “quase que uma bandidagem”, feita para evitar que o governo federal não voltasse a ter maioria na empresa estatal.

“O governo tem 40% das ações [da Eletrobras] e só pode participar na direção [da Eletrobras] como se tivesse 10%. Se amanhã o governo tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato. Ou seja, foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, afirmou.

Lula também apontou que o governo vai comprar mais ações da estatal, caso as condições econômicas permitam.

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Cabe destacar que, na última quinta-feira, as ações da Eletrobras também foram afetadas após Lula enviar ofício ao Congresso Nacional, que incluiu alguns parágrafos sobre elétrica, como oposição do governo à privatização.

O documento pontua que “inquieta e deve ser foco de atenção a perda por parte da União da capacidade de influenciar os rumos da Eletrobras, apesar de continuar a ser o maior acionista da empresa”, criticando o impacto das privatizações na tarifa de energia.

As afirmações repetem ideias que haviam sido apontadas pela equipe de transição do governo no início do ano, e que criaram apreensão no mercado.

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