Elétricas perdem R$ 37 bi desde setembro e já valem menos que patrimônio

Valor de mercado dessas empresas caiu de R$ 206,40 bilhões para R$ 169,17 bilhões no dia 10 de janeiro; empresas possuem patrimônio de R$ 179,55 bilhões

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – As empresas de energia elétrica tiveram um final de 2012 para esquecer, com diversos problemas que foram carregados para o início de 2013. Na BM&FBovespa, as 34 empresas do setor tiveram perdas de R$ 37,2 bilhões em valor de mercado, desde o dia 6 de setembro – quando a presidente Dilma Rousseff anunciou as medidas que iriam reduzir as tarifas médias para consumidor e indústria. 

O valor de mercado dessas empresas caiu de R$ 206,40 bilhões para R$ 169,17 bilhões no dia 10 de janeiro. O grosso das perdas foi em 2012, já que as quedas em 2013 só retiraram cerca de R$ 2 bilhões de valor das empresas. A Cemig (CMIG4) foi a empresa com a maior queda absoluta: perdeu R$ 9,85 bilhões de valor desde então. Curiosamente, as empresas já estão valendo menos do que seus patrimônios, que em setembro de 2012 totalizavam R$ 179,55 bilhões. 

A Eletrobras (ELET3; ELET6) chegou perto e registra perdas de R$ 9,31 bilhões. O caso da Eletrobras é emblemático: a empresa, uma estatal, já era precificada pelo mercado bastante abaixo do valor patrimonial – justamente pela percepção do mercado de que a empresa atuava somente em defesa do governo e não buscava maximizar os ganhos dos minoritários. Enquanto o último patrimônio líquido reportado, referente a setembro de 2012, era de R$ 79,58 bilhões, o valor de mercado da empresa valia apenas R$ 19,22 bilhões. 

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A queda subsequente foi o golpe de misericórdia: ela agora vale R$ 9,90 bilhões – cerca de 12,45% do último patrimônio líquido. Ela se junta a outras 9 empresas do setor que valem menos do que seu patrimônio: Cesp (CESP6), Copel (CPLE6), Eletropaulo (ELPL4), Ceee-GT (EEEL4), Celesc (CLSC4), Emae (EMAE4), Cemat (CMGR4), Ceee-D (CEED4) e Ceb (CEBR6). Por sua vez, a Tractebel é a empresa mais “cara” do setor: vale 424,07% o seu patrimônio, de cerca de R$ 5,3 bilhões. 

Confira o valor de mercado das empresas do setor, de acordo com a Economática: