Dona da Gradiente, IGB quer agrupar e desdobrar, ao mesmo tempo, suas ações

Os acionistas terão de aprovar, inicialmente, um grupamento na proporção de 1 mil ações para 1 ação e, simultaneamente, um desdobramento de 1 ação para 100

Equipe InfoMoney

Gradiente divulgação

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SÃO PAULO – Dona da marca Gradiente, a IGB Eletrônica, atualmente em recuperação judicial, apresentou uma proposta que visa agrupar e, logo em seguida, desdobrar suas ações.

Segundo fato relevante, os acionistas da empresa terão de aprovar, inicialmente, um grupamento na proporção de 1 mil ações para 1 ação e, simultaneamente, um desdobramento de 1 ação para 100.

Atualmente, a companhia conta com 12,504 milhões de ações e, ao final do processo, passará a contar com 1,250 milhão de ações.

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Caso a operação seja efetivada, as ações resultantes do desdobramento serão creditadas até o dia 25 de novembro.

Conforme a empresa, “a operação de grupamento e simultâneo desdobramento não implicará na alteração do valor do capital social, tampouco, modificará os direitos conferidos pelas ações a seus titulares”.

Ações em queda

No pregão desta quinta-feira (30), os papéis da companhia registravam desvalorização de 4,50%, cotados a R$ 4,88, por volta das 15h30.

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Este ano, as ações da companhia acumulam uma desvalorização superior a 60%, porém em fevereiro dispararam, cotadas acima de R$ 18.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, seus papéis avançaram refletindo informações da venda de créditos no montante de R$ 120 milhões e uma mediação no Supremo Tribunal Federal de uma ação judicial quase esquecida.

Com isso, os papéis atingiram seu maior valor em 14 anos, reportou o Valor, acrescentando que a companhia praticamente opera sem receita (média de R$ 400 mil ao mês), conta com patrimônio líquido negativo e vem se desfazendo de ativos para quitar dívidas.

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Segundo o balanço da companhia referente ao encerramento de 2020, a companhia terminou o ano com prejuízo de R$ 84,814 milhões, e uma receita líquida de R$ 5,214 milhões. O patrimônio líquido era negativo em R$ 988,560 milhões.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial abril de 2018.

iPhone brasileiro

Em setembro de 2018, a companhia sofreu derrota no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em uma disputa traçada contra a Apple, em uma disputa sobre o uso da marca iPhone no Brasil.

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Na ocasião, a 4ª turma do Tribunal decidiu que o registro da marca “Gradiente Iphone” pela IGB não impedia que a Apple usasse o nome, garantindo a definição que já havia sido dada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª região.

A decisão foi uma resposta a um recurso da IGB e do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que tentava reverter a decisão anterior.

As empresas de tecnologia travaram uma disputa judicial por seis anos sobre quem teria o direito de usar a marca iPhone no Brasil.

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Hoje em recuperação judicial, a Gradiente pediu o registro no INPI do nome Iphone (com “i” maiúsculo) em 2000 e o obteve em 2008. No ano anterior, o iPhone (com “i” minúsculo) havia sido lançado nos Estados Unidos pela Apple.

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