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Os contratos de dólar futuro recuam quase 10% em 2023 e neste mês de junho já cedem cerca de 3%. Nesta terça-feira (6), por volta das 13h45, o contrato cheio de dólar (DOLFUT) caia 0,52%, a 4.930,00 pontos, e o mini dólar (WDOFUT) perdia 0,52%, a 4.929,50 pontos.
Conforme grafistas consultados pelo InfoMoney, os contratos futuros da moeda americana, seguindo este movimento de desvalorização, podem atingir a região de 4.920 pontos e os 4.900 pontos, que são os principais pontos de suporte, antes de testarem mínimas ainda inferiores.
Enquanto isso, o dólar comercial recua 0,36%, cotado a R$ 4,912 na compra e a R$ 4,913 na venda, se aproveitando da melhora do cenário de tomada de risco, após a definição sobre o aumento do teto da dívida nos EUA, assim como pela aposta cada vez maior de manutenção do juros pelo Fed.
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Dólar Futuro: Análise técnica
O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, destaca que o dólar futuro vem dentro de um contexto de lateralidade, testando as extremidades desta formação. “Temos a resistência localizada em 5.096 e a região de suporte em 4.926 (1) e 4.902 (2)”, diz.
Para ele, dentro da formação do retângulo [veja no gráfico abaixo], o dólar já testou duas vezes a região de resistência e falhou em seu rompimento, “assim como já testou também a região de suporte, duas vezes, e não obteve força para rompê-la”.
No curto prazo, acrescenta ele, a Investimentos 4YOU tem como alvo a repetição do teste no suporte em 4.926/4.902 pontos e, caso essas regiões sejam quebradas, novo alvo seria 4.820 – mínima do dia 08/06/2020.
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Gráfico diário mini dólar (WDO): Novembro/22 a Junho/23
Enquanto isso, analisando o gráfico semanal, é possível reparar que o Dólar Futuro, além de ter uma região de suporte de preço, vem utilizando a média de 200 períodos como suporte móvel.
“Caso ocorra o rompimento da média, tanto o gráfico diário, quanto o semanal, estarão alinhados com as médias de 21 e 200 períodos descendentes, podendo gerar mais força vendedora em sentido ao alvo projetado”, pontua.
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Gráfico semanal mini dólar (WDO): 2021 a 2023
Para a analista da Clear, Pam Semezzato, a tendencia do dólar futuro no longo prazo é de alta, enquanto no médio é de lateralização. Por sua vez, no curtíssimo prazo, a tendência é de baixa, após o rompimento do forte suporte de 5.080.
“Desde então, o dólar segue trabalhando abaixo (dos 5.080), indicando mais força vendedora, porém, ainda sem confirmar um novo movimento de baixa, que vai acontecer com o rompimento do fundo anterior, de 4.900“, acrescentou ela.
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“Se conseguir romper esse suporte, podemos esperar por um teste no suporte mais forte, de 4.800, e, aí sim, com o rompimento desse suporte forte, podemos confirmar a tendência de baixa também em prazos maiores”, avalia.
Gráfico semanal mini dólar (WDO): 2018 a 2023
Para Pam, como o dólar trabalha “por muito tempo em ranges (lateral)”, os pontos importantes para o momento atual são as extremidades da lateralização dos últimos dias: resistência, de 5.080 pontos, e suporte: 4.900 pontos.
Saiba mais:
Gráfico diário mini dólar (WDO): Julho/22 a Junho/23
Conforme Gilberto Coelho, analista técnico da XP, o contrato de dólar futuro com vencimento para julho (DOLN23) está em tendência de baixa e deve perder suporte nos 4.916, abrindo projeções em 4.760 ou 4.600 por Fibonacci.
“O sinal de baixa perderia efeito com um fechamento acima dos 5.001, mirando os 5.156 ou 5.200”, acrescenta.
Gráfico diário dólar futuro em 2023
Dólar comercial
Em relação ao dólar comercial, desde julho de 2022 a moeda não renova topos relevantes, mostrando uma força de alta. Nesse período, o preço de resistência era o R$ 5.500, que foi “formado, testado e retestado”, aponta Matheus Lima, analista técnico da Top Gain.
“Até que, por fim, o mercado compreendeu que a dificuldade de superar esse patamar significava o início de uma tendência de baixa pela frente”, afirma.
Conforme ele, a queda do dólar ficou mais intensa e significativa quando a moeda americana, além de não ter conseguido superar os R$ 5.500, também começou a deixar topos menores em março deste ano, quando fracassou em negociar acima de R$ 5.300.
“Foi somente após esse movimento que o dólar caiu o suficiente para perder o suporte da consolidação anterior”, avalia. “Quando o R$ 5.500 era o ponto maior de resistência do momento, o preço de suporte encontrava-se em R$ 5.020 (bem próximo de R$ 5.000)”, acrescenta ele.
Gráfico Diário Dólar Comercial: Março/2022 a Junho/23
Lima acrescenta que, após o rompimento do suporte [veja gráfico acima], houve uma sequência na movimentação de baixa, que teve fim em R$ 4.890, ainda em abril de 2023, “com direito ao pullback passando ligeiramente do antigo suporte, marcando um novo range relevante de resistência entre R$ 5.100 e R$ 5.150.”
“A tendência do mercado, neste momento, é de baixa, aumentando a chance de rompimentos de fundos, fazendo com que pullbacks sejam encontrados em antigos suportes, agora atuando como resistências, que pressionam o preço ainda mais para baixo”, reforça
Por fim, ele ressalta que, se houve rompimento do fundo anterior, novos alvos (fundo anteriores) são R$ 4.690 e R$ 4.580, de maio de 2022. “Se isso acontecer, uma nova onda ainda mais forte pode baixar a cotação do dólar”, analisa.
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