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O dólar fechou a quarta-feira praticamente estável ante o real, com investidores realizando os lucros mais recentes durante boa parte do dia e reagindo ao noticiário externo, com novos dados fracos da China e a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9874 reais na venda, com variação negativa de 0,01%.
Na B3, às 17:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,01%, a 5,0005 reais.
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No exterior, os mercados operavam pela manhã em meio aos receios de que a desaceleração chinesa possa se aprofundar, após a divulgação de dados econômicos fracos nos últimos dias.
Nesta quarta-feira, números oficiais mostraram que os preços das novas moradias na China caíram em julho pela primeira vez este ano. O setor imobiliário responde por cerca de um quarto da atividade econômica do país.
O temor de que as dificuldades do setor imobiliário se propaguem para o setor financeiro chinês aumentou após a financeira Zhongrong deixar de pagar dezenas de produtos de investimento desde o fim do mês passado.
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No entanto, a mídia estatal chinesa afirmou também nesta quarta-feira que o país fortalecerá a coordenação de várias políticas para impulsionar o crescimento e atingir a meta econômica deste ano.
A perspectiva de que Pequim atue para sustentar o crescimento deu certo suporte mais cedo a algumas moedas de países exportadores de commodities, como o real.
Mas o movimento do câmbio no Brasil, na visão de Evandro Caciano, head de câmbio da Trace Finance, esteve mais ligado nesta quarta-feira à realização dos lucros recentes por parte de alguns investidores.
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“Tinha muito estrangeiro comprado, então era hora de realizar. Essa recuada de hoje (quarta-feira) do dólar é técnica. Eu estava esperando que ela chegasse amanhã, mas veio antes”, comentou Caciano.
Segundo ele, investidores perceberam que o dólar futuro — o mais líquido no mercado brasileiro e, no limite, o ativo que determina as cotações no mercado à vista — tem por enquanto pouco espaço para ir além dos 5 reais, o que fez disparar o processo de realização nesta quarta-feira.
Além da China e do movimento técnico, o mercado de câmbio operou à espera da divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve, divulgada às 15h.
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O documento mostrou que autoridades do Fed ficaram divididas quanto à necessidade de mais aumentos na taxa básica de juros na reunião de 25 e 26 de julho, com “alguns participantes” citando riscos para a economia de elevar demais os juros, mesmo quando “a maioria” continuou a priorizar a luta contra a inflação.
Após a ata, o dólar se firmou em alta ante uma cesta de moedas fortes e passou a subir ante várias divisas de países emergentes ou exportadores de commodities.
No Brasil, a moeda norte-americana à vista se reaproximou da estabilidade, praticamente apagando o recuo visto mais cedo.
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Às 17:26 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,25%, a 103,470.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.
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