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SÃO PAULO (Reuters) – O dólar teve nesta sexta-feira a primeira alta diária da semana, mas ainda se manteve abaixo de 5 reais e acumulou queda de mais de 2% nos últimos cinco pregões, refletindo contínuo ajuste de posições e um ambiente externo positivo.
A alta nesta sexta foi creditada a uma correção ditada pelo mal-estar gerado em outros mercados domésticos (sobretudo o acionário) após virem a público detalhes da segunda etapa da reforma tributária, que trouxe propostas de introdução de imposto sobre dividendos e alterações na taxação de investimentos em renda fixa, fundos e Bolsa.
O dólar à vista subiu 0,64% nesta sessão, a 4,9376 reais na venda, depois de oscilar entre 4,975 reais (+1,40%) e 4,8936 reais (-0,26%).
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Na semana, a cotação caiu 2,64%. Em junho, o dólar ainda recua 5,51%, e a moeda perde 4,89% em 2021.
“Vejo tensão no fiscal por conta do medo do populismo por conta das pesquisas e (medo de) o governo acionar medidas inesperadas”, disse um profissional da área de câmbio de um banco estrangeiro.
“Mas também a crise hídrica e a reação ruim à reforma tributária (influenciaram). De toda forma, não creio que seja nada permanente. No câmbio predomina a questão dos juros nas comunicações do BC”, acrescentou.
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O governo brasileiro encaminhou nesta sexta-feira à Câmara dos Deputados sua proposta que, entre outros pontos, introduz tributação sobre dividendos pagos aos investidores, com alíquota de 20%, e alterações na taxação de investimentos em renda fixa, fundos e Bolsa, com a fixação de uma alíquota única de tributação, sem diferenciação para aplicações de prazo menor, como ocorre atualmente. O Ibovespa fechou em queda de 1,70%, segundo dados preliminares.
Em evento posterior, no Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, abriu a porta para nova edição do auxílio emergencial para além de outubro.
Apesar do ruído desta sexta, o cenário para o câmbio segue positivo, na avaliação do Bank of America, que baixou sua projeção para a taxa do dólar ao fim deste ano de 5,2 reais para 5,0 reais, com uma combinação entre diferencial de taxa de juros mais alto e riscos fiscais menores no horizonte.
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