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O dólar caminha para registrar sua maior queda em quase dois meses em relação a demais moedas fortes.
O movimento acontece à medida que investidores reduzem apostas em novos aumentos dos juros nos EUA, o que afeta também os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que estendem perdas de ontem.
Por volta das 15h desta quinta-feira (2), o rendimento do papel de 10 anos, usado como referência para precificação de ativos de renda fixa no mundo, cedia para 4,66% ao ano. Já o título mais longo, de 30 anos, entregava 4,828%, e o 2 anos, 4,981%.
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Pouco antes, às 13h, o índice Bloomberg Dollar Spot Index caía 0,5%, bem perto da maior perda desde 11 de setembro. O dólar afundou em relação a quase todas as principais divisas, grupo em que o dólar da Nova Zelândia lidera os ganhos.
A moeda americana ainda acumula alta de quase 2% em 2023 frente a um cesta de moedas fortes após ter avançado nos últimos três meses diante dos juros mais altos em mais de duas décadas. No entanto, à medida que investidores interpretam a decisão da Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de manter a taxa de juros como um sinal de que as altas podem ter terminado, cresce a sensação no mercado de que o dólar atingiu um topo de curto prazo.
“O mercado acompanha a narrativa dovish do Fed e dando um passo atrás na estratégia de ficar comprado em dólar”, disse Erik Nelson, estrategista do Wells Fargo. Segundo ele, a divulgação dos números do payroll na sexta-feira (3) “será crucial para determinar se o dólar anda passará por sell-off”.
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O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na quarta-feira (1º) que evidências adicionais de força no mercado de trabalho e crescimento econômico acima da tendência poderiam desencadear um maior aperto.
No entanto, a mediana das previsões segundo levantamento da Bloomberg é de que o crescimento do emprego abrandou acentuadamente no mês passado em relação ao ritmo de setembro.
Com dados fracos do mercado de trabalho, “você pode dar adeus à chance de mais um aumento da taxa de juros neste ciclo”, disse Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda.
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“O impulso contínuo por trás desses movimentos – dólar mais fraco e uma recuperação do mercado de títulos – poderia durar um pouco mais, dada a forma como o mercado estava posicionado.”
(Com Bloomberg)
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