Dólar continua movimento de forte queda de janeiro e abre em baixa, valendo R$ 1,738

Moeda reflete indicadores externos; analista projeta cotações oscilando entre R$ 1,65 e R$ 1,85 ao longo do ano

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – O dólar comercial, que encerrou janeiro com queda de 6,50%, inicia o mês de fevereiro apontando queda de 0,48%, cotado a cotado a R$ 1,738, ainda sustentando um certo otimismo dos investidores.

“Neste primeiro dia de fevereiro, uma rodada de indicadores sobre o desempenho da atividade industrial pelo mundo divide as atenções dos investidores hoje com a espera por definições na Grécia. Neste sentido, o mês tem início com notícias auspiciosas”, reforça a diretora da AGK Corrtora de Câmbio, Miriam Tavares.

Nesta manhã, o indicador da sondagem industrial PMI da Zona do Euro apontou elevação para 48,8 pontos no primeiro mês do ano, saindo do patamar de 46,9 em dezembro. Contudo, números abaixo de 50 indicam contração da atividade industrial, enquanto aqueles acima deste patamar indicam evolução.

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Por sua vez, o PMI do Reino Unido, também deve provocar uma reação positiva nos mercados, pois apontou elevação para 52,1 em janeiro, de 49,7 em dezembro. Por fim, o mesmo índice na Alemanha subiu para 51 em janeiro, ante 48,4 em dezembro, ficando acima do limiar de 50 pela primeira vez desde setembro.

Vale lembrar que, na noite anterior, foi divulgado o PMI oficial da China, que superou as expectativas do mercado ao apontar crescimento em janeiro, passando de 50,3 para 50,5.

“Em suma, ao que tudo indica, no curto prazo, ao longo de fevereiro, apesar da volatilidade provocada pelos altos e baixos do noticiário econômico, os mercados internacionais e locais, especialmente os chamados “ativos de risco”, devem registrar um saldo positivo” explica Miriam.

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Por outro lado, ela acredita que devam agir com cautela. “Uma solução mais consistente para a crise atual está distante e o risco de mudança das expectativas por conta de notícias negativas é considerável” diz.

Projeções para o câmbio global
Sendo assim, e no câmbio global, a diretora da AGK acredita que, apesar do fortalecimento recente do euro, a moeda da Zona do Euro ainda não está livre das preocupações com a periferia da região.

“Nossas projeções são de que o euro deve oscilar em torno do intervalo de US$ 1,20 e US$ 1,30 ao longo de 2012, mais perto do piso ou do teto deste intervalo conforme a crise da região se mostre mais ou menos controlada”, explica.

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No que se refre ao real, Miriam projeta um acompanhamento das movimentações externas dos capitais especulativos. “Lembrando que, nos momentos de maior otimismo, o BC e o Governo brasileiro devem tomar medidas para conter uma valorização muito acentuada. Com isso, acreditamos que as cotações devem oscilar no intervalo de R$1,65 e R$1,85 ao longo deste ano”, conclui.

EUA no radar
Por sua vez, ainda é esperada a divulgação ISM Index, também conhecido como NAPM Index, responsável pela mensuração do nível de atividade industrial nos EUA, que poderá indicar que a economia global está de volta nos trilhos e aumentar o apetite dos investidores por risco.

Nos Estados Unidos, saíra o ADP Employment, relatório que revela o número de postos de trabalho no setor privado do país. Ainda por lá, o Departamento de Comércio dos EUA divulga o Construction Spending, que mede os gastos públicos e privados decorrentes da construção de imóveis no país. Por fim, será revelado o relatório semanal de Estoques de Petróleo norte-americano.

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Indicadores domésticos
Na agenda desta quarta-feira (1), os investidores acompanharam no front doméstico a divulgação feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas) do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) que apontou inflação de 0,81% em janeiro.

Ainda por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reveou o IPP (Índice de Preços ao Produtor) – Indústria da Transformação, que marcou variação de -0,17% em dezembro.

Também será apresentado o fluxo cambial, divulgado semanalmente pelo Banco Central e que representa o movimento de entrada e saída de dólares do País. O Ministério de Comércio Exterior reporta o resultado de janeiro da balança comercial.

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