Dólar comercial inverte trajetória no final do dia e fecha mais uma vez em alta

Instabilidade internacional contribuiu para mais um dia volátil no mercado cambial; por aqui, BC e TJLP repercutiram

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Assim como na sessão anterior, o dólar comercial operou no campo negativo durante praticamente todo o intraday e inverteu essa trajetória nos instantes finais de negociação. Contudo, diferentemente da véspera, quando fechou com modesta alta de 0,11%, a divisa norte-americana encerrou esta terça-feira (22) com valorização mais expressiva, de 0,45%, sendo cotada a R$ 1,782 na venda.

O pessimismo visto nos mercados internacionais prevaleceu no final desta sessão, ofuscando o otimismo demonstrado no front doméstico, em dia movimentado nos cenários econômico e corporativo. Além disso, a nova intervenção do BaCen no mercado cambial ajudou a fortalecer a trajetória de apreciação do dólar.

De acordo com comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), a autoridade monetária brasileira realizou um leilão de compra de dólares entre as 15h33 e as 15h43 (horário de Brasília). A taxa de corte aceita ficou em R$ 1,779.

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Referências internacionais
Na Europa, os investidores ponderaram entre referências boas e ruins, em dia marcado pelo plano de corte de gastos anunciado pelo Reino Unido, no valor de US$ 44,4 bilhões ao ano. Se por um lado a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating do banco francês BNP Paribas, por outro a confiança do empresariado alemão subiu mais do que o esperado em maio.

Já nos EUA, números do mercado imobiliário também deram abertura para interpretações dúbias. Enquanto o número de vendas de casas usadas decepcionou ao ficar em 5,66 milhões em maio – enquanto esperavam 6,10 milhões de vendas -, o preço dos imóveis norte-americanos subiu 0,8% em abril, ante projeções de 0,3% de alta.

Setor externo, TJLP e Petrobras
No front doméstico, a nota do setor externo mostrou que o resultado da balança de pagamentos do Brasil ficou superavitário em US$ 4,659 bilhões em maio, alta de 22% frente o mesmo mês de 2009. Ainda por aqui, o CMN (Conselho Monetário Nacional) anunciou que a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) referente ao terceiro trimestre do ano será de 6% e que a meta da inflação para 2012 foi fixada em 4,5%.

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Dólar a R$ 1,782
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7800 na compra e R$ 1,7820 na venda, alta de 0,45% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta alta, o dólar acumula desvalorização de 2,14% em junho, frente alta de 4,78% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 2,34%. 

Dólar futuro na BM&F também fechou em alta
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em julho  encerrou o dia cotado a R$ 1.786, forte alta em relação ao fechamento de R$ 1.773 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em agosto, por sua vez, fechou em alta, atingindo R$ 1.800 frente à R$ 1.787 do fechamento de ontem.
 

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,782600.

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FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 1,60 para agosto de 2010, 0,10 ponto percentual acima do que foi registrado na sessão anterior.

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