Dólar comercial fecha em queda renova mínima desde 9 de novembro

Moeda manteve-se depreciada apesar da piora no humor dos mercados; dupla intervenção e dados domésticos em foco

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Mantendo-se no campo negativo em todo o intraday, o dólar comercial fechou esta quarta-feira (29) com desvalorização de 0,29%, sendo cotado na venda a R$ 1,705, renovando o menor patamar alcançado desde 9 de novembro de 2009, quando terminou o dia valendo R$ 1,702. Apesar da piora vista no humor dos mercados durante a tarde, a moeda norte-americana manteve-se depreciada frente ao real, embora tenha respeitado a faixa de R$ 1,70.

Com a agenda econômica fraca no âmbito internacional, os destaques ficaram com as referências domésticas. O fluxo cambial mostrou que, até o dia 24 de setembro, a entrada de dólares no País superou a saída em US$ 11,871 bilhões no mês, segundo informou o Banco Central.

A autoridade monetária mostrou ainda que, no mesmo período, adquiriu US$ 9,432 bilhões no mercado cambial à vista, o que já é a maior compra mensal desde o início do ciclo de intervenções, em maio de 2009. De lá pra cá, o BC já realizou compras no montante de US$ 55,5 bilhões.

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Intervenções
E por falar nessas intervenções, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólares nesta quarta-feira. O primeiro por volta das 12h10 (horário de Brasília), cuja taxa de corte aceita ficou em R$ 1,7059, e a segunda operação ocorrendo entre as 16h08 e as 16h13, onde o BaCen tomou dólares a R$ 1,704.

Novas declarações do governo sobre o mercado de câmbio voltaram a ganhar espaço nesta sessão. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o Fundo Soberano Brasileiro ainda não iniciou suas compras de dólar, ressaltando que o mercado continuará sem saber detalhes sobre a “política cambial” do Governo.

Superávit primário e TJLP
Ainda no front doméstico, a Nota de Política Fiscal mostrou que o setor público brasileiro teve um superávit primário de R$ 5,222 bilhões durante o mês de agosto, indicando alta de 112,7% frente a julho, quando houve superávit de R$ 2,454 bilhões. Em agosto de 2009, o resultado fora superavitário em R$ 5,042 bilhões, segundo as informações divulgadas pelo Banco Central.

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Por fim, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu manter a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), taxa utilizada como referência para os empréstimos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), em 6% ao ano para o último trimestre de 2010, patamar que é mantido desde julho de 2009.

Dólar a R$ 1,705
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7030 na compra e R$ 1,7050 na venda, baixa de 0,29% em relação ao fechamento anterior.
Com esta queda, o dólar acumula desvalorização de 2,96% em setembro, frente à alta de 0,06% registrada no mês passado. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 2,08%.

Dólar futuro na BM&F também fechou em queda
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em outubro  encerrou o dia cotado a R$ 1.706, baixa em relação ao fechamento de R$ 1.709 da última terça-feira. O contrato com vencimento em novembro, por sua vez, fechou em baixa, atingindo R$ 1.716 frente à R$ 1.720 do fechamento de ontem.

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O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7040000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 1,82 para dezembro de 2010, 0,43 ponto percentual abaixo do que foi registrado na sessão anterior.
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Confira a variação do dólar durante os últimos 30 dias:
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