Dólar cai com força após dados de inflação dos EUA e resultado do governo central

Dados mostraram que o governo central registrou superávit primário de R$ 11,548 bilhões em setembro, superando o saldo positivo de R$ 10,0 bilhões esperado

Reuters

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Matéria com o fechamento do mercado de câmbio: Após cair mais de 1%, dólar à vista fecha em alta de 0,44% com fala de Lula sobre meta fiscal

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar caía acentuadamente frente ao real nesta sexta-feira, depois que dados de inflação norte-americanos em linha com o esperado e um resultado fiscal acima das expectativas do governo central do Brasil impulsionaram o apetite por risco dos investidores.

Às 10:24 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 1,17%, a R$ 4,9326 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,16%, a R$ 4,9335.

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Dados de mais cedo mostraram que o núcleo do índice de preços norte-americano PCE, o favorito do Federal Reserve, subiu 0,3% em setembro, em linha com o esperado, depois de aumentar 0,1% no mês anterior. O núcleo do PCE aumentou 3,7% em uma base anual em setembro, menor ganho em mais de dois anos, após um aumento de 3,8% em agosto.

“Não teve tantas surpresas assim, então o comportamento (do dólar) pós-divulgação está em linha com o que já era a expectativa do mercado antes do dado”, disse à Reuters Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

Além disso, no Brasil, dados mostraram que o governo central registrou superávit primário de R$ 11,548 bilhões em setembro, superando o saldo positivo de R$ 10,0 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters e também ficando um pouco acima do superávit de R$ 10,936 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado.

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“O resultado fiscal de setembro era bem aguardado e, de certa forma, acabou sendo positivo, dá um horizonte um pouco mais positivo para as contas públicas, especialmente para o final do ano”, disse Pizzani, reconhecendo “grande esforço da equipe econômica do governo para mudar a base fiscal do país” e aumentar a arrecadação.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira o projeto de lei que trata da tributação de fundos exclusivos e offshore, enquanto o mercado aguarda a votação da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Em relação à guerra no Oriente Médio, que continua se arrastando em meio a esforços diplomáticos para impedir uma disseminação do conflito, Pizzani disse que permanecem riscos relevantes. No entanto, passado um estresse inicial que pesou sobre o real, a moeda brasileira está conseguindo voltar a “patamar de normalidade”, à medida que outras pautas voltam a dominar as atenções dos investidores.

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Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9912 na venda, em baixa de 0,21%.

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