Dólar abre em leve queda com mercado na esteira do front europeu

Moeda é influenciada pelo bom resultado de leilões de títulos europeus; Governo poderá tomar novas medidas cambiais

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Após atingir na véspera a mínima desde 16 de novembro, o dólar comercial abre a sessão desta quinta-feira (19) em leve queda de 0,23%, cotado a R$ 1,762 na venda.

Os mercados internacionais terão um dia cheio, com leilões de títulos públicos na França e na Espanha – que, com uma forte demanda, registrou um rendimento pago aos investidores abaixo das emissões anteriores -, além de indicadores e balanços corporativos nos Estados Unidos. Somado a isso, seguem no radar as notícias sobre as negociações na Grécia também devem ser monitoradas.

Há pouco, o rendimento dos títulos públicos de dez anos da Grécia recuava 0,17 ponto percentual no mercado secundário. Os investidores continuam de olho nas conversações entre o governo da Grécia e seus credores privados, que se reúnem nesta data pelo segundo dia consecutivo para chegarem a um acordo sobre a troca de títulos de dívida..

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Por sua vez, na Europa, a Espanha colocou no mercado mais títulos que pretendia inicialmente com redimentos menores. Do mesmo modo, a França, que esperava captar até € 8,00 bilhões, vendeu € 7,97 bilhões em títulos públicos no mercado primário e o yield em todas as emissões marcaram queda frente às anteriores.

Governo pode agir no câmbio
“O câmbio deve ficar mais volátil e acompanhar o humor externo, embora o dólar tenha os rumores de novas medidas do Governo para repercutir”, explica a diretora da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares.

Segundo apuração da especialista, e após o fechamento em queda da moeda na véspera, especula-se que a preocupação do Governo em relação ao rumo do câmbio tenha aumentado e que a equipe econômica estaria estudando novas medidas cambiais para conter a desvalorização da moeda.

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Agenda de indicadores cheia
Na agenda doméstica desta quinta-feira, a FGV (Fundação Getulio Vargas) anunciou a segunda medição de janeiro do IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), que apontou inflação de 0,22%.

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham o Housing Starts, que aponta o número de casas que começam a ser construídas, e o Building Permits, que mostra o número de autorizações para a construção de imóveis.

Ainda por lá será revelado o CPI (Consumer Price Index), de preços ao consumidor, e o Core CPI, que exclui os custos relativos à alimentação e energia. Também sairá o Initial Claims, com o número de pedidos de auxílio-desemprego em base semanal. Por fim, teremos o Philadelphia Fed Index, que mede a atividade industrial na região. e o relatório semanal de estoques de petróleo.

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