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SÃO PAULO – Um tom alarmante na reportagem do Financial Times divulgada nesta quarta-feira (16) voltou a trazer um clima de apreensão nas bolsas mundiais. A matéria aponta que um auditor da economia asiática avalia que a dívida pública do país está “fora de controle” e pode gerar uma crise financeira maior do que o “crash” das hipotecas norte-americanas em 2008.
O jornal entrevistou o auditor chinês Zhang Ke, que disse que ainda é incerto quando a bolha estourará, mas lembrou que agências de classificação de risco e bancos de investimentos já alertaram sobre as dívidas do governo. Nesta semana, a Moody’s diminui perspectiva para a nota da China após rebaixamento pela Fitch anunciado na semana passada.
“Nós avaliamos alguns títulos governamentais locais e chegamos à conclusão de que alguns trazem muito risco, então pulamos fora”, disse Zhang, que afirma ainda que boa parte deles não possui forte capacidade de serviço da dívida, o que pode tornar as coisas “muito sérias”.
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Os débitos do governo local aprofundaram-se em 2008, época em que estourou a crise financeiro mundial por conta do subprime norte-americano. Estima-se que a dívida pública chinesa equivale a 20% a 40% da economia do país, segundo a reportagem.
Para Zhang, que também é vice-presidente da Associação Contábil Chinesa, o maior temor são as pequenas cidades e condados, que utilizam muitos títulos para financiar-se. “Quando a crise chegar, o governo não assumirá a responsabilidade pela economia, serão os bancos e as empresas contábeis”, disse o auditor ao Financial Times.
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