Direto ao ponto: sessão fica ao sabor do indicador mais importante da semana

Relatório de Emprego nos EUA é destaque, enquanto rompimento dos 68.400 pontos do Ibovespa sugere continuidade de alta

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SÃO PAULO – O Ibovespa marcou seu terceiro pregão seguido de alta na última quinta-feira (31), contrariando o clima negativo das principais bolsas externas, para subir 0,87%. O índice fechou aos 68.586 pontos, maior patamar desde 26 de janeiro deste ano, quando registrara 68.709 pontos.  

O noticiário europeu ganhou destaque no dia, com a revisão do governo português para o déficit orçamentário de 2010, de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) estimado anteriormente para 8,9%. A Irlanda também seguiu em pauta, sendo que o BC do país revelou, após os testes de estresse financeiro, que quatro dos maiores bancos irlandeses precisarão levantar € 24 bilhões em novo capital, número acima do estimado pelo mercado.

Nos Estados Unidos, o número de pedidos de auxílio-desemprego ficou acima do esperado, contrariando o bom humor trazido com o indicador de vagas criadas do setor privado em março, cuja divulgação aconteceu na última quarta-feira (30).

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O operador da Diferencial Corretora, Marco Aurélio Etchegoyen, explica que os dados de emprego definem também a tendência do mercado nesta sexta-feira (1), com a divulgação do Relatório de Emprego norte-americano em março. “A bolsa brasileira rompeu a resistência dos 68.400 pontos, o que sugere a continuidade do movimento de alta. Ainda assim, um resultado abaixo do esperado no indicador de emprego dos Estados Unidos ofusca o desempenho do índice”, afirma. 

Na agenda doméstica, o investidor segue acompanhando dados de inflação, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e a pesquisa mensal da indústria em fevereiro.

Relatório de emprego traz perspectivas positivas 
Analistas projetam que o mercado de trabalho norte-americano dê continuidade ao desempenho positivo de fevereiro e siga mostrando uma evolução no mês de março, apesar das incertezas que rondam a economia global, que ainda se recupera em ritmo modesto. 

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“Enquanto os recentes dados sobre imóveis, confiança do consumidor e gastos com capital foram moderados, a dinâmica do mercado de trabalho está se mostrando mais saudável. Os pedidos de auxílio-desemprego continuam caindo e pesquisas mostram que a intenção de contratações continua em alta”, diz o Bank of America em relatório.

Tranquilidade marca começo do novo trimestre
Etchegoyen acredita que o segundo trimestre se inicia com os ânimos mais calmos. Na véspera, a agenda negativa europeia afetou pouco a consciência do mercado, dando sinais que parte das preocupações com o cenário externo vão sendo precificidas. “Embora seja difícil prever o movimento do mercado em um período tão nebuloso, o trimestre pode trazer perspectivas melhores”, afirma.

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