Dilma fará reformas em 2º mandato? Veja as 10 questões-chave para os emergentes em 2015

Consultoria Capital Economics destacou os dez pontos-chave que moldarão os emergentes no próximo ano

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O mundo emergente passou por um ano de 2014 turbulento. E a queda dos preços do petróleo e as desvalorizações de suas moedas nos últimos meses do ano preocupam o mercado para as perspectivas para 2015.

E, segundo a Capital Economics, mesmo com as preocupações, “os temores de uma crise generalizada no mundo emergente são exagerados” e ainda oferece dez questões-chave que irão moldar emergente investir no mercado em 2015. Confira abaixo:

1) o mundo emergente entrará em crise em 2015? De acordo com a Capital Economics, a expectativa é de haja crises “selecionadas” ao invés de uma crise generalizada. A Rússia e outros países serão afetados pelos preços do petróleo, enquanto a alta do dólar preocupa a Turquia e outros países com altas dívidas externas. Mas muitas podem se beneficiar das quedas do preço de petróleo e, com duas notáveis exceções, as dívidas externas estão bem menores do que num passado recente.

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2) Se não, 2015 será o ano em que os emergentes crescerão acima de 5%? No curto prazo, não. O crescimento de 4,5% ao ano para o PIB dos emergentes é o “novo normal”, com problemas estruturais nos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) sufocando o crescimento em relação à taxa de 6% esperado antes da crise financeira global.

3) 2015 será o ano da deflação nos emergentes? A deflação será temporária, afirma a consultoria, principalmente na Europa e na Ásia, devido aos preços mais baixos do petróleo. É mais uma preocupação nos mercados desenvolvidos.

4) Os bancos centrais dos emergentes podem surpreender em 2015? Segundo a consultoria, os preços mais baixos do petróleo significa que, no conjunto, os riscos são inclinados para uma maior política de flexibilização (no geral) para o próximo ano. Mas em vários lugares (nomeadamente Nigéria e Rússia) os bancos centrais poderiam surpreender os mercados, executando políticas de maior aperto monetário.

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5) Quais são os outros riscos que atingem os emergentes em 2015? Segundo a equipe econômica, o rápido crescimento do crédito é algo para manter de olho no Brasil, Tailândia, Turquia e China.

6) No Brasil, Dilma fará reformas no segundo mandato? A expectativa da Capital Economics é de que a presidente brasileira adote políticas mais ortodoxas em termos fiscais e monetários, o que deve aumentar a confiança do investidor, mas as reformas para aumentar a oferta serão lentas. O Brasil pode crescer apenas 1% em 2015 e, para o segundo mandato da presidente, a média do crescimento do PIB deve ser de 2%.

7) A Rússia pode evitar uma recessão? Para a Capital Economics, não. A economia da Rússia deve contrair 1% em 2015, dado o rublo fraco, os preços do petróleo em queda e das sanções ocidentais.

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8) O ano de 2015 será de reformas para a Índia? O primeiro ministro Narenda Modi tem feito alguns progressos. Contudo, algumas mudanças como a questão de terras e do trabalho, o processo será lento e difícil.

9) O setor imobiliário da China vai se recuperar em 2015? O recente “afrouxamento” das restrições reduziu o ameaça de um colapso do setor imobiliário, mas as chances de uma recuperação sustentada são escassas.

10) Aumento das taxas de juros nos Estados Unidos afetará emergentes? As ações de mercados emergentes tiveram um bom desempenho nos últimos dois ciclos de aperto monetária e Capital Economics espera que os emergentes para ter um desempenho relativamente bom também no próximo ano. “Os ajustes grandes e necessáriaos em muitas moedas emergentes já tomaram lugar”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.