‘Desenrola e corte da Selic devem liberar renda para as famílias e impactar nossos balanços’, diz CEO da Irani (RANI3)

Sérgio Ribas e o CFO Odivan Cargnin deram entrevista ao InfoMoney e falaram sobre retomada da demanda, investimentos, exportações e dividendos

Anderson Figo

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O Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo, e o recente corte da Selic devem destravar renda para as famílias e impulsionar a venda de alimentos, impactando os balanços da Irani (RANI3), segundo o CEO da companhia, Sérgio Ribas. O setor alimentício é o principal mercado para a companhia, que investiu pesado nos últimos três anos em aumento de capacidade, e agora espera uma melhora da demanda para ir atrás dos retornos.

“Tem alguns destravamentos da renda que são bastante importantes e devem ter impacto [nas vendas da companhia] nos próximos trimestres. Primeiro é o Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo, que a gente tem expectativa de liberar renda para as famílias mais humildes, que estão com endividamento em recordes históricos, e aparentemente o programa está caminhando bem. Isso deve ajudar. Tem também a própria redução da taxa de juros”, disse. “As medidas governamentais aparentemente estão na direção correta e devem mexer com essa demanda doméstica no curto prazo”, completou.

Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2023 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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Focada em sustentabilidade, a Irani espera que a demanda por papelão ondulado seja moderada no segundo semestre deste ano. Segundo o CEO, há uma sobreoferta de aparas no mercado brasileiro e isso deve se manter nos próximos trimestres — o que ainda abre margem para renegociação de preços com clientes. A empresa, no entanto, pode segurar a rentabilidade ampliando as vendas para o exterior, afirma Ribas.

“A gente sempre tem a oportunidade de administrar nossa rentabilidade aumentando ou diminuindo nosso volume de exportação. Neste segundo trimestre tivemos um pouco de impacto de Argentina. É um país importante das nossas exportações, eles são short em papel. Temos clientes muito tradicionais e retomamos as vendas para eles no mês passado, isso deve ajudar também [a rentabilidade da companhia]”, disse.

Odivan Cargnin, CFO da companhia, que também participou da live, afirma que a Irani pretende manter sua política de remuneração ao acionista, focando em atrair novos investidores, já de olho nas captações para os próximos ciclos de investimento da empresa. Ele falou ainda sobre a importância da política ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) dentro da Irani, e explicou os números do balanço no segundo trimestre. Veja a entrevista completa no player acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.