Desdobramentos da Lava Jato fazem OAS projetar queda de 56% em receita até 2017

O grupo, que até ano passado se apresentava como a terceira maior construtora do Brasil, entrou em recuperação judicial para preservar liquidez diante de uma dívida de R$ 8 bilhões

Reuters

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SÃO PAULO – A OAS começa nesta semana a apresentar um plano operacional para os próximos anos, focado em construção civil, e que prevê queda de até 56 por cento na receita líquida até 2017, após vender ativos numa ampla reestruturação disparada pela investigação do escândalo de corrupção em contratos da Petrobras (PETR3; PETR4).

O grupo, que até ano passado se apresentava como a terceira maior construtora do Brasil, entrou em recuperação judicial para preservar liquidez diante de uma dívida de 8 bilhões de reais.

A empresa se reúne com credores nacionais nesta semana, e internacionais, na próxima. Seu plano que prevê queda da receita líquida para 3,133 bilhões de reais em 2017, ante 7,151 bilhões em 2014, mas projeta recuperação a 5,036 bilhões para 2019.

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A jornalistas, o diretor de desenvolvimento corporativo, Diego Barreto, e o diretor de reestruturação, Fabio Yonamine, disseram que ainda não é possível afirmar os princípos financeiros que nortearão o pagamento da dívida. Mas afirmaram que a expectativa é iniciar esta fase do diálogo com os credores em até um mês após a apresentação do plano operacional do grupo.

De acordo com o plano apresentado nesta quarta-feira, a empresa projeta que a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizaçao (Ebitda), caia de 6 por cento em 2014 para 1 por cento em 2015. A queda será pressionada por despesas de reestruturação, que farão a empresa ficar de fora de novos projetos neste ano, passando a ser concentrar apenas em obras de edificações e transportes a partir de 2016, quando a nova OAS espera ter margem Ebitda de 11 por cento.

Além do enxugamento dos projetos, a empresa espera concluir até 2016 a maior parte da venda dos ativos da OAS Investimentos, braço de participações cuja joia da coroa é a fatia de cerca de 25 por cento na Invepar, que participa do consórcio que administra o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

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