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SÃO PAULO – A decisão da Petrobras em diminuir em 17% o fornecimento de gás para a CEG e CEG-Rio, que redistribuem o combustível para o Estado do Rio de Janeiro, e Comgás, que alimenta São Paulo, não deve afetar, ao menos em fortes proporções, os preços empregados ao consumidor.
De acordo com o diretor-superintendente da ABGNV (Associação Brasileira do Gás Natural Veicular), Antonio José Mendes, é possível que haja pequenas altas no preço do combustível vendido para carros até o início do ano que vem. “Mas nada muito substancial porque os donos de postos sabem que, se aumentarem muito o preço, perderão clientes”, explicou. O metro cúbico do GNV custa, na média nacional, R$ 1,365.
A CEG e CEG-Rio informaram, por meio de sua assessoria de imprensa, que não haverá qualquer modificação nas tarifas empregadas. A Comgás, apesar de diversas vezes contatada, não informou sua posição.
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Abastecimento
Desde as 7h desta quarta-feira (31), a estatal reduziu aproximadamente 1,3 milhão de metros cúbicos dos 7,57 milhões que são fornecidos diariamente às companhias. Por isso, como forma de garantir a segurança do sistema de distribuição e assegurar o fornecimento de gás para residências e comércios (hospitais e escolas), a CEG teve de interromper a distribuição de GNV para 89 postos localizados na região metropolitana do Rio de Janeiro (Zona Sul, Centro, Tijuca, Grajaú, São Cristovão e todo trecho entre Benfica e Ilha do Governador).
Ocorre que, durante a madrugada deste mesmo dia, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro obrigou a Petrobras a restituir o fornecimento habitual à companhia. A Petrobras informou que acataria a decisão judicial, mas a distribuidora fluminense, até por volta das 11 horas, ainda não havia percebido a normalização. Segundo a assessoria da companhia, assim que a distribuição for restabelecida, em um prazo de quatro horas, os postos voltarão a receber o combustível.
O abastecimento da Comgás também foi reduzido em 17% a partir desta quarta. Contudo, a empresa não deu detalhes sobre o quanto isso representa, em metros cúbicos, em sua liberação diária nem se tomará alguma atitude para reverter a situação.
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Justificativa
A Petrobras justificou a atitude afirmando que o objetivo era atender aos demais contratos e ao Termo de Compromisso assinado pela Petrobras com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em maio deste ano, para garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural.
A CEG e a CEG Rio, por sua vez, rebateram afirmando que o fornecimento está no mesmo patamar observado nos últimos 12 meses, não havendo, portanto, nenhuma alteração substancial que tenha contribuído para qualquer tipo do problema.
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