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SÃO PAULO – Em meio aos temores com a economia global, o Ibovespa terminou a semana em queda de 1,95% aos 53.273 pontos – sendo a maior sequência tão negativa desde 1998. Os investidores buscam por novas ondas de estímulos que possam reascender a economia internacional, enquanto as incertezas com os rumos políticos e econômicos da Zona do Euro adicionam uma pressão a mais no mercado.
Os indicadores de emprego tanto dos Estados Unidos quanto da Zona do Euro decepcionaram os investidores, ao trazerem números abaixo das expectativas dos analistas. A taxa de desemprego no bloco de moeda única registrou um novo recorde histórico, após atingir os 11% no mês de abril.
Diante desse cenário, o rendimento exigido por investidores para compra dos títulos do Tesouro dos EUA atingiu o menor nível histórico durante a semana, com os investidores fugindo dos ativos de maiores riscos, embora as crescentes especulações de que o BCE (Banco Central Europeu) poderá promover uma injeção de recursos no sistema financeiro da Zona do Euro tenha estimulado um pouco a procura por títulos dos países mais afetados pela crise da dívida.
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Por sua vez, as pesquisas sobre as eleições da Grécia – programadas para 17 de junho – trouxeram um certo alívio aos investidores, ao apontarem que os partidos gregos favoráveis ao resgate internacional estão à frente nas intenções de voto. Contudo, o momento vivido pelo mercado continua turbulento, ressalta o analista Luiz Gustavo Pereira, da Futura Investimentos.
Ibovespa deve abrir nova semana tutbulenta
“Enquanto não houver novas medidas de ajuda aos países da Zona do Euro, vamos ver os índices de ações em sentido descendente”, disse Pereira. Para ele, o Ibovespa deve seguir em queda, enfraquecido pelos números ruins da economia dos Estados Unidos e Zona do Euro.
Na mesma leitura, analista Jason Vieira, da Cruzeiro do Sul Corretora, aponta um cenário incerto, diante do crescente temor dos investidores com a saúde da economia global. O mercado está vendo uma saída massiva de dinheiro dos bancos espanhóis, trazendo uma nova onda de incertezas ao mercado, embora especulações durante a semana sobre uma injeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) ao sistema financeiro do país tenha animado os investidores. Entretanto, a autoridade monetária logo negou o caso.
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Com isso, o mercado deve se voltar o noticiário do bloco único na próxima semana, principalmente em virtude da reunião da chanceler alemã, Angela Merkel, com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, para discutir sobre a emissão dos eurobonds, indicou o Pereira.
Por aqui, os investidores contarão com uma semana dividida pelo feriado de Corpus Christi na próxima quinta-feira (7), sendo os principais destaques os dados do Boletim Focus, IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e a ata do Copom (Comitê de Política Monetária).
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