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Na última sexta-feira (1), a Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgou os dados financeiros do segundo trimestre de 2023 (2T23) para o setor.
Conforme destaca análise do Bradesco BBI, o regulador mostrou uma forte tendência de melhora na sinistralidade médica (MLR): alta de 1,4 ponto percentual (pp) no trimestre (frente o 1T23), contra 5,8 pp no 2T22 e 4,6 pp no 2T19, excluído Unimed Rio.
A MLR do setor diminuiu 3,2 pp em base anual, para 88,1% no 2T23. A diferença em relação ao mesmo período da pré-pandemia de 2019 atingiu o menor nível desde o 2T21, em 2,9 pp (de 6,1 pp no 1T23). O crescimento do ticket médio desacelerou para 1,7% no trimestre (de uma forte base de 3,6%, em base trimestral, no 1T23), mostrando que a melhoria da MLR no 2T23 foi devido principalmente a menores aumentos de custos.
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A Unimed Rio, Amil e Unimed Nacional continuaram a reportar resultados negativos no 1S23 (perdas de R$ 0,8 bilhão, R$ 0,9 bilhão e R$ 0,2 bilhão, respectivamente, de R$ 3,3 bilhões para o resto do setor), com a Unimed Rio piorando 17% em relação ao ano anterior e a Amil e Unimed Nacional melhorando 22% e 28%.
Na avaliação do BBI, a notícia positiva para operadoras e provedores. “Após uma leve piora no 1T23, a MLR teve uma forte recuperação no 2T23, levando a MLR do 1S23 [primeiro semestre de 2023] a ficar 1 pp abaixo do ano anterior”, aponta.
O BBI espera que a MLR do setor continue melhorando no 3T23 devido aos aumentos de preços e à menor inflação médica (os analistas projetam queda de 1 pp no trimestre para a MLR da Hapvida no 3T23 e de 2,5 pp para SulAmérica).
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O banco destacou ainda que tem recomendação de compra para Rede D’Or (RDOR3) e Hapvida (HAPV3).
Cabe ressaltar que, em relatório recente, da semana passada, a XP Investimentos atualizou as estimativas para Hapvida e introduziu um preço alvo para o final de 2024 de R$ 5,70 por ação, enquanto manteve recomendação de Compra.
“Mais recentemente, a empresa tem sido mais vocal em relação ao seu foco na rentabilidade, com um efeito duplo nos resultados: (i) uma desaceleração no crescimento das receitas combinada com (ii) uma redução consistente da sinistralidade. Além disso, a empresa tem envidado esforços para otimizar sua estrutura administrativa após a fusão com a NDI (Intermédica), o que pode potencialmente ajudar a margem Ebitda a atingir 16% em 2026”,apontou.
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A casa de análise mantém uma visão otimista sobre as ações, dado o comprovado modelo de negócios da empresa.
Também na semana passada, o JPMorgan reiterou sua recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) para as ações da Rede D’or (RDOR3), destacando que a empresa continua sendo um dos principais veículos para investir no setor de saúde após os abalos pós-pandemia.
Segundo relatório, a companhia é a líder incontestável no segmento hospitalar, com liderança clara nos maiores mercados do Brasil, ao mesmo tempo em que possui um sólido plano de expansão que deve sustentar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 15% a 16% na receita bruta e no Ebitda da divisão hospitalar ao longo de 5 anos, respectivamente.
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Por outro lado, o JPMorgan optou por reduzir o preço-alvo da ação da Rede D’Or de R$ 42 para R$ 37, devido a uma revisão de estimativas após os resultados do segundo trimestre e um painel com o CEO, Paulo Moll.
O banco reduziu sua expectativa de abertura de novos leitos para 812 em 2024 (de 1,9 mil) e 1,3 mil em 2025 (de 1,9 mil), concentrando as aberturas a partir de 2026.
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