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SÃO PAULO – A semana foi mais curta para o Ibovespa e, até a manhã desta sexta-feira (8), indicava que seria mais uma negativa para o índice, em meio aos dados ruins da balança comercial da China e o mercado à espera de sinalizações sobre a reforma da Previdência. O payroll, que mostrou a criação de 20 mil vagas nos EUA, bem abaixo do esperado pelo mercado de 180 mil, também aumentou a aversão ao risco.
Contudo, o benchmark da bolsa foi amenizando as perdas e, no final da tarde, passou a registrar fortes ganhos, superiores a 1%, levando o Ibovespa a fechar a semana em alta. Isso em meio à fala de Paulo Guedes apontando que faltam apenas 48 votos para que a reforma da Previdência passe na Câmara, o que animou os mercados domésticos.
Nesta sexta, o destaque de alta ficou para as ações ligadas à economia doméstica, que tiveram forte queda durante o mês e apontaram recuperação neste pregão. RD (RADL3), Via Varejo (VVAR3), Natura (NATU3), Qualicorp (QUAL3), Magazine Luiza (MGLU3) tiveram fortes ganhos. Nas maiores altas do Ibovespa na sessão, estiveram as ações de Kroton (KROT3) e Estácio (ESTC3), que sofreram na volta do feriado após caírem com o presidente Jair Bolsonaro reiterando o apoio à “Lava Jato da Educação”.
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Por outro lado, as ações que são mais impactadas pelo noticiário externo registraram queda. Vale ressaltar que a sessão foi de baixa para as principais bolsas mundiais, com os EUA reportando os dados fracos de emprego, enquanto os mercados da Ásia fecharam em queda com os dados da China.
Segundo dados da Administração Geral das Alfândegas chinesa, o país registrou uma queda expressiva de 20,7% em suas exportações em dólar em fevereiro em relação a um ano antes, enquanto no mês anterior houve uma alta de 9,1% na comparação anual. O resultado ficou 4,8% abaixo do que esperavam os analistas.
Com isso, papéis como os da CSN (CSNA3), que são a maior alta do Ibovespa no ano, e da Suzano (SUZB3), que também é uma das maiores altas do índice, fecharam em queda expressiva. Já a Vale (VALE3) praticamente zerou as perdas registradas mais cedo, assim como a Petrobras (PETR3;PETR4), apesar da queda do petróleo.
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Já na semana, as maiores quedas ficaram com a Ecorodovias (ECOR3) e a CCR (CCRO3), em baixas respectivas de 9,37% e 8,32% de olho nos acordos de leniência (confira mais clicando aqui).
Confira mais destaques da B3 na sessão desta sexta:
Banco do Brasil (BBAS3) e IRB (IRBR3)
A BB Seguros informou em comunicado ao mercado, em esclarecimento após matéria do Valor, de que não foi tomada decisão sobre a venda de fatia no IRB.
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“Não foi tomada qualquer decisão por parte dos órgãos de administração da BB Seguridade sobre a venda de participação acionária no capital do IRB Brasil-RE”, disse o BB Seguros em comunicado em resposta a pedido de esclarecimentos feito pela CVM.
O controlador, Banco do Brasil, “informou que não há, no âmbito daquela instituição, qualquer deliberação no sentido de orientar a BB Seguridade a proceder à alienação da participação acionária em questão”.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Fitch reafirmou nesta sexta o rating da Petrobras em BB-, com perspectiva estável. Segundo a agência, a perspectiva reflete a do Brasil.
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A Fitch aponta que os ratings da petroleira são limitadas pelos ratings soberanos do País, devido à forte presença do governo e ao potencial controle dele, além da importância estratégica dela para o Brasil.
Além da vinculação com o rating soberano, a Petrobras melhorou marcadamente sua geração de fluxo de caixa durante 2018, com o montante do petróleo mais alto e das vendas de ativos usadas para reduzir o endividamento em aproximadamente US$ 25 bilhões, ou 23%, aponta a agência. A Fitch espera que a companhia mantenha ou melhore mais sua estrutura de capital mais adiante.
Por outro lado, a agência diz que há o potencial retorno de maior interferência política na estratégia da Petrobras, notadamente por meio da interferência nos preços domésticos da gasolina e do diesel, o que afetaria negativamente o fluxo de caixa e o perfil de crédito.
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A Fitch estima que a produção da companhia deve aumentar a aproximadamente 3,5 milhões de barris de petróleo equivalente por dia até 2022, em linha com as diretrizes da empresa.
Ainda no noticiário da empresa, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou na noite de ontem, sem restrições, a venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a Chevron. A venda já havia sido anunciada em janeiro.
Comgás (CGAS5)
O leilão de OPA (Oferta Pública de Aquisição) realizado pela Cosan para aquisição das ações da Comgás (CGAS5) movimentou R$ 1,598 bilhão na bolsa segundo informações da B3.
Foram adquiridas 19.496.165 ações da companhia de gás ao valor de R$ 82 por papel. A expectativa da Cosan era adquirir comprar 23.566.096 ações preferenciais.
Antes da OPA, a Cosan detinha 80,12% do capital social da Comgás, sendo 100.789.147 de ações ordinárias, que correspondiam a 97,406% do total, e 4.984.173 ações preferenciais, o equivalente a 17,457% dos papéis possuídos.
Eletrobras (ELET3;ELET6)
Na quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse em evento nos EUA que a Eletrobras “não será privatizada”, “mas será capitalizada, em modelo semelhante ao que ocorreu no passado com a Embraer”. A fala fez as ações da companhia desabarem 5,8% ontem, mas nesta sexta houve recuperação dos ativos.
B3 (B3SA3)
A B3 conclui aquisição de 75% na BLK Sistemas Financeiros. A conclusão do negócio acontece “após o atendimento de todas as condições precedentes”, segundo comunicado.
A transação também inclui opções de compra, pela B3, e venda, pelo sócio fundador da BLK, dos demais 25% do capital, a serem exercidas a partir de dezembro de 2023.
A BLK é empresa de tecnologia especializada no desenvolvimento de telas e algoritmos de negociação para corretoras e investidores institucionais, diz a B3.
Sanepar (SAPR11), Copasa (CSMG3) e Sabesp (SBSP3)
De acordo com uma notícia da Bloomberg, o Ministro da Economia Paulo Guedes planeja ajudar com a aprovação da MP 868, que propõe um novo marco regulatório para o setor de saneamento, no Congresso até abril. De acordo com o Ministério, a criação de um novo marco regulatório para o setor poderia ser traduzido em R$ 500 bilhões em investimentos privados para o país até 2033.
“Nós vemos a notícia como positiva para o setor, mas continuamos cautelosos com a aprovação da MP em um cronograma tão apertado. O próximo passo para a MP avançar é a nomeação de seu relator no governo. Vale ressaltar que, mesmo em um cenário de vencimento da MP, acreditamos que a proposta poderia voltar via projeto de Lei”, afirma o Itaú BBA.
Randon (RAPT4)
O Itaú BBA destacou a Randon como a top pick do setor pelos analistas do banco, uma vez que as estimativas apontam para um potencial de valorização no preço do papel (de 30,1%) e uma contração de múltiplo daqui para frente. Desta forma, eles introduziram um novo preço-alvo de R$ 12,50 por ação.
“À medida que a Fras-le integra as recentes aquisições e começa a capturar sinergias, acreditamos que suas margens podem convergir para o mesmo nível das outras empresas de autopeças da Randon. Em 2019, no entanto, esperamos que as margens desse segmento sejam pressionadas pelas recentes fusões e aquisições. Continuamos com uma visão positiva do papel, devido ao ambiente de demanda favorável e a capacidade limitada, favorecendo os preços dos trailers de caminhões”, afirmam os analistas.
Vale (VALE3)
A diretoria executiva da Vale decidiu afastar e realocar alguns de seus empregados, seguindo recomendação do Ministério Público após o rompimento de barragem em Brumadinho, diz a empresa em nota divulgada por sua assessoria de imprensa.
A empresa disse ter afastado 5 funcionários de todas as funções relacionadas à mineradora e outros 5 de funções relacionadas à gestão de risco e monitoramento de barragens.
Em 1º de março, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou o afastamento de 14 funcionários da Vale, incluindo o presidente Fábio Schvartsman e outros três diretores. Além de membros da diretoria, o MP recomendava o afastamento de gerentes, engenheiros e geólogos.
Rebalanceamento do Ibovespa
A primeira prévia da nova carteira do Ibovespa será divulgada no dia 1 de abril, passando a entrar em vigor a partir do dia 6 de maio. O Morgan Stanley fez uma projeção sobre as mudanças no índice, esperando a entrada de IRB e Azul (AZUL4) e a saída de Log (LOGG3).
Ferbasa (FESA4)
A Ferbasa fechou 2018 com um lucro líquido consolidado de R$ 309,2 milhões, 14,4% a mais frente aos resultados de 2017.
A receita líquida teve alta de 24,6% na base anual, a R$ 1,3 bilhão. No quarto trimestre de 2018, a receita foi de a R$ 291,2 milhões, expansão de 12,6% em relação a 2017.
O Ebitda ajustado foi de R$ 374,3 milhões em 2018, 18,6% ante o ano anterior, de R$ 321,3 milhões. Nos três últimos meses do ano, a queda foi de 53,1% – de R$ 78 milhões em 2017 para R$ 3 milhões no ano passado.
(Com Agência Estado)
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