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Os maiores bancos do mundo estão expostos a cerca de 9,4 bilhões de euros (US$ 9 bilhões) em criptoativos, descobriu um estudo do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia. Os dados vêm em meio à busca pela padronização de regras para o capital que os credores devem manter contra ativos considerados “inovadores”.
A exposição, proveniente principalmente de serviços prestados a clientes envolvendo Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), representa 0,14% da exposição total ao risco dos 19 bancos que enviaram dados, ou apenas 0,01% de todos os bancos.
“O modelo [enviado aos bancos] foi projetado especificamente para munir os dois documentos consultivos do Comitê sobre o tratamento das exposições de criptoativos dos bancos, e foram publicados em 10 de junho de 2021 e 30 de junho de 2022”, diz o estudo, elaborado por Renzo Corrias, da secretaria do Comitê.
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Corrias estava se referindo a dois documentos nos quais o Comitê da Basileia – um grupo de reguladores que estabelece normas de segurança para bancos, de forma a evitar crises financeiras como a de 2008 – provisoriamente estabeleceu regras rígidas que determinariam como os bancos podem investir em criptomoedas.
Os documentos estabelecem diversos requisitos para o investimento em moedas não lastreadas, como Bitcoin e Ethereum, bem como stablecoins algorítmicas (moedas digitais com baixa volatilidade). As regulamentações planejadas podem restringir os empréstimos e significar que, na prática, os bancos não têm tanto incentivo para entrar nesses mercados.
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Regras mais leves se aplicariam a exposições protegidas e outros tipos de stablecoin atreladas a ativos.
A grande maioria das exposições são em Bitcoin e Ethereum ou em instrumentos baseados nessas duas criptomoedas, diz o estudo. Os números são dominados por serviços que os bancos prestam a terceiros, como custódia, compensação e formação de mercado. Apenas um punhado de bancos está totalmente envolvido em manter ou emprestar criptomoedas diretamente.
Corrias alerta, no entanto, que os dados podem não refletir a realidade, dado que só um pequeno número de bancos forneceu dados, e os ativos estão fortemente concentrados em algumas dessas instituições.
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“Embora sejam úteis para fornecer uma ampla indicação da atividade de criptoativos dos bancos, os números devem ser interpretados com cautela”, destaca o estudo.
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