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SÃO PAULO – Tramita no Congresso dos Estados Unidos propostas sobre a tarifa de importação do etanol para os EUA e sobre o futuro dos subsídios relacionados à produção americana de etanol. Segundo as analistas do Itaú BBA, Paula Kovarsly e Giovana Araújo, essa é uma questão política e, dessa forma, a visibilidade dos analistas em relação ao rumo que será adotado é “limitada”. Porém, de acordo com a corretora, os representantes brasileiros estão mais otimistas quanto a um resultado que beneficie produtores nacionais.
A expectativa dos produtores brasileiros é que a tarifa seja eliminada, ou haja uma renovação por um período e a um nível menores. Ressalta-se que uma renovação da tarifa por um longo período aumenta a diferença entre o preço do etanol brasileiro e o americano, o que prejudica os produtores nacionais. A atual tarifa é de US$ 0,54 por galão.
Cosan e São Martinho seriam favorecidas
Nesse sentido, as grandes produtoras nacionais de etanol, Cosan (CSAN3) e São Martinho (SMTO3), seriam beneficiadas, ainda que os analistas ressaltem que, no momento, a alocação no momento é mais lucrativa para o mercado doméstico. Assim, uma revisão da tarifa não necessariamente implicaria em aumento das exportações.
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Ainda assim, e a eliminação da tarifa concederia um piso para os preços do etanol no mercado doméstico no Brasil. Com a atual taxa de câmbio e com os preços do etanol nos EUA, este piso ficaria em US$ 0,75 por litro, um número cerca de 10% superior aos custos de produção.
Recomendação segue mantida
A corretora decidiu pela manutenção da recomendação de ouperform (desempenho acima da média do mercado) para a Cosan (CSAN3), com preço-alvo de R$ 34,00 para o final de 2011, representando um potencial de valorização de 25,9% e para a Cosan Limited (CZLT11), com preço-alvo de R$ 31,90, com potencial de valorização de 37,5%.
Seguindo a mesma tendência, a recomendação de outperform também foi mantida para a São Martinho, com um preço-alvo, também para final de 2011, de R$ 25,70, indicando possível valorização de 8,2%.
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Conflitos comerciais
De acordo com Marcos Jank, presidente da UNICA (União da Indústria de Cana de Açúcar), caso os EUA tenham uma atitude que prejudique os produtores nacionais, como o aumento do imposto de importação sobre etanol, os conflitos comerciais com o Brasil devem se intensificar.
“Por 30 anos os Estados Unidos têm subsidiado o etanol de milho e imposto barreiras comerciais ao etanol importado. Nos últimos três anos, a UNICA tem procurado trabalhar com diversas entidades nos Estados Unidos, em um esforço para reformar as políticas de etanol naquele país de modo a reduzir as distorções no comércio e evitar conflitos comercias”, afirmou o presidente.
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