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O Ibovespa ingressou a semana com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no radar do mercado e dos investidores. A aposta unânime é pelo início do ciclo de queda da taxa Selic, que está em 13,75% ao ano. A dúvida, porém, fica por conta da magnitude do corte, na decisão a ser anunciada nesta quarta-feira, dia 2, após o fechamento dos mercados.
Um corte de 0,5 ponto porcentual da Selic – ou seja, mais agressivo – teria efeito mais benéfico para o Ibovespa, ajudando o principal índice da Bolsa brasileira a buscar novas máximas no ano, no curto prazo. Ao contrário, um corte de 0,25 ponto porcentual, sinalizaria um início de ciclo mais lento, podendo reduzir o ímpeto inicial de alta do Ibovespa, mas não que mude os fundamentos no médio prazo.
Seja como for, o Ibovespa segue com tendência de alta, como o InfoMoney destacou na semana passada, com base no ciclo da Bolsa, analisado a partir das Ondas de Elliott. Caso consiga apresentar um ímpeto comprador, o Ibovespa poderá romper os 123 mil pontos (máxima deste ano, atingida em 25 de julho) e buscar a região dos 125 mil pontos, no curto prazo.
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Nesta segunda-feira (31), o Ibovespa registrou fortes ganhos, de 1,46%, aos 121.942 pontos. Para entender os próximos movimentos do índice, acompanhe as análise de grafistas consultados pelo InfoMoney.
Trade hoje: Análise técnica do Ibovespa
Para a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, no curtíssimo prazo, o Ibovespa segue em tendência de alta, tendo conseguido romper, na semana passada, “uma correção lateral” que vinha desenhada há meses.
No entanto, pondera, a barra vendedora da última quinta-feira indica “possível falha no rompimento” e, se tiver continuidade na queda, nesta semana, pode-se ter “início de uma formação de alargamento (rompe fundo e falha, rompe topo e falha).”
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“Caso consiga mostrar reação compradora nos próximos pregões pode testar a resistência de 125.000“, afirma ela.
Gráfico semanal Ibovespa: julho/2021 a julho/2023
Em relação ao médio prazo, com base na análise do gráfico semanal [que segue abaixo], o Ibovespa também segue em tendência de alta, aponta Pam, porém em “região de resistência da lateralização de médio prazo (120.500 – fechamento da semana passada)”.
“Por mais que ainda não mostre força vendedora no gráfico semanal, o candle da semana passada sugere mais quedas, caso sua mínima seja rompida nessa semana. E, nesse caso, voltaria a trabalhar no range de lateralização. Caso consiga confirmar o rompimento, a próxima resistência está em 125.000 pontos“, reforça Pam.
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Gráfico diário Ibovespa: fevereiro a julho/2023
Ibovespa em tendência de alta
O analista técnico do PagBank, Rodrigo Paz, diz que no curto prazo é possível notar que o índice opera em tendência de alta. “Podemos notar que, após superar a faixa dos 120.500, houve no Ibovespa uma boa força compradora, levando o índice a atingir a máxima do ano, nos 123.000 pontos.”
Segundo ele, após formar sua máxima, “houve entrada de força vendedora em sinal de correção”. Paz pontua que, tal correção, poderia levar o Ibovespa à faixa dos 119.121 pontos e, caso perca esse nível, poderia buscar faixa de suporte nos 114.835 pontos, com alvo mais longo na média de 200 períodos, na faixa dos 110.300 pontos.
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“Para seguir movimento de alta será necessário romper a máxima que deixou, nos 123.000 pontos, a fim de buscar as faixas de resistência nos 125.000 pontos e, na máxima histórica do índica, nos 131.212 pontos.”
Gráfico diário Ibovespa: março a julho/2023
No médio prazo, destaca Paz, olhando o gráfico semanal, se observa que o índice formou um doji (candle que mostra volatilidade, mas fecha no ponto de abertura ou muito próximo a ele), que chegou a atingir a máxima na faixa dos 123.000 pontos, mas não conseguiu fechar a acima da faixa de resistência dos 120.500 pontos / 121.620 pontos.
Com isso, acrescenta, “fica um sinal de alerta para possíveis correções no curto prazo”. Se isso ocorrer, assinala ele, há potencial para o índice regredir à faixa de médias nos 117.280, 114.835, com alvo mais longo na média de 200 períodos nos 108.655 pontos.
“Porém, caso entre fluxo comprador, o índice poderá buscar novamente o rompimento da faixa de resistência, e, caso rompa, poderá buscar a resistência nos 125.000 pontos, com alvo mais longo no topo na faixa de 131.212 pontos, onde foi registrada a máxima histórica.”
Gráfico semanal Ibovespa: dezembro/2021 a julho/2023
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O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, por sua vez, acrescenta que a Bolsa conseguiu realizar um “movimento de ruptura e chegou a testar a região dos 123 mil pontos“.
Porém, houve uma forte correção, em seguida, que fez o índice voltar para o patamar dos 120 mil pontos, testando uma “antiga região de resistência, que virou suporte, podendo considerar ainda como um movimento de pullback [quando o preço do ativo faz uma pausa, indo na direção contrário da tendência].”
Neste cenário, acrescenta Schrepel, a resistência passa a ser os 123.000 e o suporte os 120.000 pontos. “Caso ocorra o rompimento do suporte, o próximo alvo fica em 117.800, podendo chegar no próximo suporte mais forte em 116.559.”
“No cenário inverso, pensando na continuidade do movimento de alta, o índice precisaria romper a nova região de resistência em 123 mil; com isso, voltaria a abrir espaço para buscar os próximos alvos em 125.000 e 129.370 pontos.”
Gráfico diário Ibovespa: setembro/2022 a julho/2023
Ibovespa: bandas de Bollinger
Enquanto isso, olhando para o gráfico semanal, o índice deixou um grande candle de rejeição de rompimento de resistência nos 121 mil pontos, na última semana.
“Caso o índice feche a semana (no dia 4/8) abaixo dos 119.700, o Ibovespa tende a trabalhar novamente dentro de um contexto mais lateral, visando testar a região de suporte em 116.559 pontos. E as bandas de Bollinger vêm se estreitando, demonstrando consolidação.”
Gráfico semanal Ibovespa: julho/2022 a julho/2023
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Por fim, Matheus Lima, analista da Top Gain, aponta que há sinais “minimamente otimistas” para o Ibovespa. Semana passada, destaca ele, a Bolsa rompeu um patamar muito importante de preço, nos 121.628 pontos, chegando a alcançar os 123 mil pontos. No entanto, o que levanta dúvida, é o fato de o mesmo ter “devolvido tudo o que subiu com esse rompimento”.
Analisando o gráfico diário [veja abaixo], contudo, ele ressalta que o movimento pode não ter passado de um pullback, “até que saudável, para seguir a movimentação de alta anterior”. Entretanto, o “candle que foi deixado no gráfico semanal levanta alguns alertas”.
“A ‘lápide’ [veja no gráfico abaixo] é uma variação da estrela cadente, porém sem corpo, mas ambas mostram uma possível reversão da alta para o início de uma baixa. O que vai determinar se, de fato, teremos uma pausa ainda mais relevante do otimismo vai ser se o preço nos próximos dias conseguir negociar abaixo da mínima de sexta-feira, se intensificando, ainda mais, caso perca o fundo da consolidação deixada próxima da resistência anterior, em 115.700.”
“Por enquanto a tendência segue de alta, mas já começa a deixar alguns sinais para ficarmos atentos a uma possível reversão”, finaliza Lima.
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