Copel (CPLE6) prevê oferta de ações para privatização no segundo semestre deste ano

Empresa destacou que essa operação tem prazo para acontecer, uma vez que está relacionada à renovação da concessão da hidrelétrica Foz do Areia

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A elétrica Copel (CPLE6) prevê que a oferta de ações visando sua privatização deverá ser realizada no segundo semestre deste ano, tendo como base os resultados financeiros da companhia referentes ao segundo trimestre, disse nesta quarta-feira o CEO da elétrica, Daniel Slaviero.

Em teleconferência de resultados, ele destacou que essa operação tem um prazo para acontecer, uma vez que está relacionada à renovação da concessão da hidrelétrica Foz do Areia, principal ativo de geração do portfólio da Copel, com “data limite” para dezembro deste ano.

Lançado no fim do ano passado, o processo de privatização da elétrica já ganhou aprovação legislativa do Estado do Paraná. Agora, a companhia está em fase de “construção” da oferta de ações, trabalhando com assessores em “valuations” e “due dilligence”, o que será posteriormente submetido à aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR).

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A desestatização da Copel deverá ocorrer por meio de uma oferta de ações, em operação semelhante à realizada pela Eletrobras (ELET6). A ideia é tornar a empresa uma “corporation”, sem controlador definido, com o governo paranaense permanecendo com participação de pelo menos 15% do capital social total da elétrica.

Segundo Slaviero, a operação poderá envolver uma eventual distribuição primária de ações, visando levantar recursos para a companhia fazer frente ao pagamento de bônus de outorga pela renovação de concessões hidrelétricas

“Nós entendemos que pode sim ser bastante interessante para a companhia, ainda mais pelos compromissos de bônus de outorga das três usinas, que ainda não temos o valor, mas que será certamente na casa de bilhão de reais.”

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O CEO da Copel disse ainda que a companhia está com “foco total” no processo de desestatização e transformação em uma corporation, de forma que perseguir oportunidades de crescimento se tornou algo secundário neste momento.

“A nossa prioridade aqui… é o processo de corporação. Então qualquer outro plano, neste momento ou ao longo deste ano, está fora da nossa estratégia primária”, disse Slaviero. “Não pretendemos participar do leilão (de transmissão) desse primeiro semestre, o do segundo (semestre) estamos ainda avaliando”, acrescentou.

DESINVESTIMENTOS

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Em relação a desinvestimentos, o executivo comentou que a Copel seguirá com venda de sua participação na termelétrica a gás Araucária (UEGA) mesmo se a Petrobras (PETR4), sua sócia no ativo, voltar atrás e resolver não desinvestir.

O processo de venda do ativo, com 469 megawatts (MW) de potência, está em fase de propostas não-vinculantes.

A Copel também está desinvestindo da distribuidora de gás Compagás, que teve recentemente seu contrato de concessão renovado por mais 30 anos.

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Slaviero afirmou que os recursos que serão levantados com essas vendas irão para crescimento no setor de energia elétrica, citando a possibilidade de compra de ativos e oportunidades nos leilões de transmissão.

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