Conselho Monetário Nacional anuncia redução da TJLP para 10% ao ano

Taxa será válida para o primeiro trimestre de 2004 e reflete queda do risco país, um de seus elementos formadores

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Seguindo o anúncio nesta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copon) de baixa a taxa de juros básica da economia, a Selic, o Conselho Monetário Nacional divulgou a redução da taxa de juros de longo prazo (TJLP).

Assim como a Selic, que foi reduzida de um ponto percentual, para 16,5% ao ano, seu patamar mais baixo desde abril de 2001, o mesmo aconteceu com a TJLP, que caiu de 11% ao ano para 10% ao ano.

Taxa volta ao patamar de junho de 2002

Este foi o segundo corte consecutivo da TJLP no ano de 2003, que em setembro havia sido reduzida de 12% para 11% ao ano. Antes disto, a TJLP havia sido elevada de 11% ao ano para 12% ao ano em março. A decisão do CMN faz com que a TJLP volte ao patamar em que se encontrava no terceiro e quarto trimestres de 2002.

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A TJLP é avaliada pelo CMN a cada três meses, de forma que a nova taxa anunciada nesta quarta-feira deve vigorar no primeiro trimestre de 2004, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de março. A redução teria sido reflexo da melhora das condições da economia brasileira.

Redução se deve à queda do risco país

Como lembra o diretor de normas do Banco Central, Sérgio Darcy, a TJLP é determinada com base em dois componentes, o fator de risco do país e a meta de inflação medida pelo IPCA (Índice de preços ao consumidor amplo) para os próximos 12 meses.

A forte queda do risco país nas últimas semanas teria permitido o novo corte da TJLP. Segundo Darcy, o fator de risco na composição da TJLP teria caído de 5,5%, na composição da taxa de 11% ao ano que vigorou no quarto trimestre de 2003 para 4,5% na taxa que deve vigorar no primeiro trimestre de 2004. Já o componente determinado pela meta de inflação para 2004 teria ficado estável em 5,5%.

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A redução da TJLP deve beneficiar pessoas e empresas com financiamentos de longo prazo, como é o caso dos financiamentos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), assim como os financiamentos imobiliários concedidos pela Caixa Econômica Federal que se baseiam nos recursos do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador).

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