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JERUSALÉM/GAZA (Reuters) – As tropas israelenses ainda estavam lutando nesta segunda-feira para remover homens armados do Hamas, mais de dois dias depois que eles atravessaram a cerca de Gaza em uma operação letal, e o Exército disse que em breve iria partir para ofensiva após a maior mobilização da história de Israel.
Os combates ocorriam em vários locais dentro de Israel, onde os combatentes ainda estavam escondidos depois de matarem 700 israelenses e capturarem dezenas de reféns em um ataque que abalou a reputação de invencibilidade de Israel.
Em Gaza controlada pelo Hamas, Israel realizou os ataques de retaliação mais intensos da história, matando cerca de 500 pessoas desde sábado. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que o bloqueio de Israel seria reforçado para evitar que alimentos e combustível fossem levados para o local, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
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O principal porta-voz militar de Israel disse que as tropas restabeleceram o controle das comunidades que haviam sido invadidas, mas que confrontos isolados continuavam, pois alguns atiradores palestinos seguiam ativos.
“Estamos agora realizando buscas em todas as comunidades e limpando a área”, afirmou o porta-voz militar chefe, contra-almirante Daniel Hagari.
Mais cedo, outro porta-voz, o tenente-coronel Richard Hecht, reconheceu que estava “levando mais tempo do que esperávamos para colocar as coisas de volta em uma postura defensiva e de segurança”.
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As imagens chocantes dos corpos de centenas de civis israelenses espalhados pelas ruas das cidades, mortos a tiros em uma festa ao ar livre e sequestrados de suas casas nunca tinham sido vistas antes no conflito entre israelenses e palestinos que já dura décadas.
Hagari disse que 300.000 reservistas já haviam sido mobilizados em apenas dois dias.
“Nunca convocamos tantos reservistas em uma escala tão grande”, declarou Hagari. “Estamos partindo para ofensiva.”
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Os palestinos relataram ter recebido chamadas e mensagens de áudio de agentes de segurança israelenses, dizendo-lhes para abandonarem áreas principalmente nos territórios do norte e do leste de Gaza, e alertando que o Exército iria operar ali.
O Hamas diz que o ataque é justificado pela situação de Gaza sob um bloqueio de 16 anos, uma repressão israelense na Cisjordânia ocupada que tem sido a mais mortal em anos e um governo israelense de extrema-direita que fala em anexar terras palestinas. Israel e os países ocidentais dizem que nada justifica a matança intencional de civis.
Os agressores mataram a tiros dezenas de jovens israelenses – a mídia informou que 260 foram mortos – em uma festa ao ar livre no deserto. Um dia depois, dezenas de sobreviventes ainda deixavam esconderijos. O local estava repleto de carros destruídos e abandonados.
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“Foi um massacre, um massacre total”, disse Arik Nani, que celebrava o seu 26º aniversário e escapou escondendo-se durante horas num campo.
A retaliação de Israel também foi numa escala nunca vista, apesar das quatro guerras em Gaza desde que o Hamas assumiu o controle da região, há 16 anos. Em imagens obtidas pela Reuters, dezenas de pessoas foram vistas escalando edifícios desabados em busca de sobreviventes, com o ar ainda empoeirado pelo impacto. Sirenes soaram enquanto as equipes de emergência retiravam os carros que pegaram fogo.
O Egito, que no passado foi mediador entre Israel e o Hamas em momentos de conflito, mantinha contato estreito com os dois lados, tentando evitar uma nova escalada, segundo fontes de segurança egípcias.
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A violência também coloca em risco os movimentos apoiados pelos Estados Unidos para normalizar as relações entre Israel e a Arábia Saudita – um realinhamento de segurança que poderia ameaçar as esperanças palestinas de autodeterminação e cercar o Irã, apoiador do Hamas.
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