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SÃO PAULO – A temporada de resultados do quarto trimestre mostrou que muitas empresas brasileiras, mesmo com a pandemia do coronavírus, conseguiram entregar bons resultados em 2020, mas no caso da RNI (RDNI3), incorporadora do grupo Rodobens, o ano passado foi o de maior desenvolvimento da companhia.
E boa parte desse bom resultado no ano passado se deu por conta do setor de atuação da companhia, que é voltada para a baixa renda — em especial o programa do governo Casa Verde Amarela —, e também no interior do país, em regiões com maior atuação do agronegócio.
“Crescemos e nos desenvolvemos no interior do Brasil, onde existe uma resiliência de renda […] A pandemia trouxe muitas preocupações, mas foi o ano que mais conseguimos desenvolver a empresa, tivemos recorde em tudo”, disse Carlos Bianconi, CEO e diretor de Relações com Investidores da RNI, em live do InfoMoney nesta segunda-feira (29)..
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Segundo o executivo, por estar longe dos grandes centros do país, a companhia consegue explorar mais esse setor da economia que “emprega o ano todo”, que seria a agropecuária. “[Nos segmentos] de supereconômico e baixa renda, nós temos um déficit habitacional importante, e o cliente assalariado ou com capacidade de renda acaba buscando sempre trocar o valor do aluguel pela parcela da casa própria, e é aí que nós atuamos”, explica.
Bianconi ressalta ainda as curvas crescentes de lançamentos e vendas da companhia em 2020 e que deve se manter este ano. Já Henrique Ravazzi, gerente de relações com investidores da companhia, destaca ainda que a estratégia da RNI no lado digital para driblar os impactos da pandemia tem tido bons resultados e foi bem aceita pelos clientes.
A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
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O CEO da empresa também relembrou a live que fez com o InfoMoney em novembro do ano passado, em que dizia que a RNI estava “na sombra do mercado”, dizendo que sente que o cenário ainda é o mesmo porque a ação da companhia ainda não tem subido forte.
“A gente sabe que o principal motivo é a falta de liquidez”, destaca. Neste cenário, ele afirma que a companhia estava pronta para realizar uma oferta de ações (follow on), o que ajudaria a aumentar a liquidez, mas o plano foi adiado por conta do mau humor do mercado neste início de ano.
Segundo Bianconi, porém, os planos para a oferta continuam: “dentro de casa estamos fazendo a lição e cuidando da companhia […] vamos esperar que a Bolsa volte para um cenário mais positivo para retomar [a oferta]”.
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Sobre as perspectivas, o executivo destaca que mantém o otimismo que tinha desde o ano passado, mesmo com a pressão da pandemia e das contas públicas do País. Os dois pontos que eles estão mais atentos e que podem gerar alguns desafios nos próximos meses são a alta dos juros e o custo dos materiais de construção, mas que a empresa está preparada para lidar com isso. Assista à live completa acima.
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