Com rumores de compra, ações do PanAmericano dispararam 9,93% na sessão

Segundon jornal, Bradesco e Citi negociam para comprar PanAmericano, mas Silvio Santos se mostra relutante a prosseguir

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após surgirem diversos rumores no final do ano passado de que o Banco PanAmericano (BPNM4) seria vendido, depois de deflagrado o rombo de R$ 2,5 bilhões, no último sábado foi publicado na imprensa que o Bradesco (BBDC4) e o Citibank já manifestaram interesse junto a Sílvio Santos para adquirir a instituição.

As ações preferenciais da empresa responderam aos rumores nesta segunda-feira (24) com uma alta de 9,93%, fechando cotadas a R$ 4,98. Por sua vez, o Ibovespa avançou 0,42%, aos 69.426 pontos.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a declaração foi feita por executivos envolvidos na negociação, sendo que o interesse dos possíveis compradores seria o cadastro de 2,5 milhões de clientes, concentrados nas classes C e D, na rede de 52 mil pontos de venda e na sociedade com a Caixa, a qual detém 35,5% de participação.

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No entanto, Sílvio Santos estaria relutante em prosseguir nas negociações, aponta a matéria, a qual argumenta que o empresário não gosta de se desfazer dos seus bens, além do empréstimo de R$ 2,5 bilhões do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) ter sido realizado em condições tão excepcionais que o PanAmericano não terá que desembolsar nada nos dois primeiros anos.

Valores incertos
Porém, o principal entrave recairia sobre o preço envolvido, uma vez que as negociações geralmente são realizadas através de múltiplos em relação ao patrimônio líquido do banco.

O problema é que ainda não se sabe exatamente qual é o patrimônio líquido do Banco PanAmericano, uma vez que a contabilidade do banco era manipulada para esconder o rombo. Segundo os dados mais recentes disponíveis – do segundo trimestre de 2010 -, o valor da instituição seria de R$ 1,6 bilhão, ao passo que Sílvio Santos já teria pedido até cinco vezes o valor do patrimônio líquido, o que resultaria em uma operação de R$ 8 bilhões, contrariando as projeções de especialistas de que a relação deveria ser de até 2,6 vezes.

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Em contato com a assessoria de imprensa do Santander e do Citibank, a InfoMoney foi informada de que os bancos não comentam rumores de mercado.

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