Com problemas na Ucrânia, Rússia oficializa corte no gás enviado à Europa pela região

Empresa russa alega existência de desvios em gasodutos na fronteira com a Romênia; preços também geram divergências

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – A Rússia reduziu em quase dois terços o seu fornecimento de gás para a Europa através do território ucraniano, segundo informou Valentyn Zemlyanskyi, porta-voz da NAK Naftogaz Ukrainy. O fluxo, após o ajuste, ficou agora em 92 milhões de metros cúbicos, cerca de 32% do volume anterior.

O CEO da empresa, Alexei Miller, já disse a Vladimir Putin que pretende reduzir para até 65,3 milhões de metros cúbicos o transportado na região, volume equivalente ao que o primeiro ministro russo alegou na última segunda-feira (5) ter sido “roubado” do sistema pelos ucranianos.

A acusação do outro lado é desmentida, com o governo da Ucrânia afirmando que não há desvios na tubulação. O preço cobrado pelo fornecimento também é motivo de impasse, com os russos querendo receber US$ 450 por 1000 metros cúbicos, enquanto os ucranianos acreditam que o correto seria pagar US$ 201 pela mesma quantidade.

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Cortes na região

Segundo informou ainda o ministro de Minas e Energias da Bulgária, o governo russo autorizou também a interrupção do fornecimento de gás para os búlgaros, além de cortar o destinado para Turquia, Grécia e Macedônia, reduzindo as atividades dos tubos encontrados entre Ucrânia e Romênia.

A União Européia irá enviar representantes para tentar amenizar os conflitos entre as entidades, formando uma comitiva liderada pelo tcheco Martin Riman, atual ministro das indústrias. A reunião ocorrerá ainda nesta terça-feira e será composta por membros da NAK Naftogaz, conselheiros presidenciais e pelo ministro de energia da Ucrânia, Oleh Dubina.

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