Com alta de petróleo, BBI vê PetroReconcavo (RECV3) e PRIO (PRIO3) como histórias de valor e de crescimento

Ações são as preferidas da instituição dentro do setor de óleo e gás na América Latina

Camille Bocanegra

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Após uma semana agitada para o petróleo, com o Brent batendo os US$ 90,60, os preços continuaram subindo nesta sexta-feira (8). A commodity encerrou a sessão regular com o Brent (novembro) cotado a US$ 90,65, subindo 0,81%, e o WIT (setembro) com elevação de 0,74%, a US$ 87,51.

Com o anúncio da Arábia Saudita e da Rússia de extensão dos cortes voluntários de oferta até o fim do ano no dia 5, as cotações chegaram a renovar as máximas de dez meses na quarta (6).

Na quinta-feira, feriado de 7 de setembro no Brasil, por preocupações com crescimento global e trajetória de juros dos EUA, o petróleo fechou em baixa.

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Enquanto isso, o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques da commodity caíram 6,307 milhões de barris na semana encerradas no dia 1° de setembro. A estimativa de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal era de recuo de 2,1 milhões.

Diante deste cenário, em relatório, o Bradesco BBI afirmou que nomes como PRIO (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3) poderiam se beneficiar com a notícia dos cortes.

Em nova análise, revisando nomes do setor de Oil&Gas da América Latina, o banco voltou a reforçar sua preferência para PRIO e PetroReconcavo.

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Crescimento e Valor

O BBI analisou, em um gráfico semanal, as companhias por meio dos parâmetros de histórias de valor, histórias de crescimento ou ambas. No primeiro grupo, estão companhias como a Petrobras (PETR4), que, mesmo em um cenário de juros mais altos nos EUA, deve continuar atraindo atenção e se destaca por fornecerem bons dividendos.

Entre as histórias de crescimento, o banco destacou nomes como a Cosan (CSAN3), que poderia capturar mais fluxos, uma vez que o Federal Reserve (Fed) passasse a cortar juros e a criar maior desenvolvimento. Ainda assim, os nomes precisariam alcançar alguns marcos estabelecidos pelo BBI para “desmistificar suas respectivas teses de investimento”.

Para PRIO e PetroReconcavo, a visão do Bradesco é que as companhias unem os dois fatores e se tornam histórias de valor e de crescimento associados. Assim, mesmo em um cenário de juros mais elevados, as empresas têm potencial para crescimento e, com o corte das taxas, ainda seguiriam oferecendo bons dividendos.

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“Enquanto a Petroreconcavo planeja quase dobrar sua produção em 3 anos com a recuperação de campos maduros, a PRIO planeja aumentar sua produção em 50% em 3 anos, com o desenvolvimento de Wahoo (campo pré-sal) e Albacora Leste”, destaca o relatório.

O BBI reforça que ambas as teses apresentam balanços muito saudáveis no momento e, considerando a natureza de alta margem do negócio, conseguem gerar muito valor mesmo com investimentos em crescimento. Já 3R Petroleum, embora o banco veja que o nome une valor e crescimento, não entende que haverá nenhum dividendo pago este ano.

A PRIO é classificada pelo banco como outperform (indicação de que o papel tem potencial para superar o índice de referência, equivalente à compra) e projeta o preço-alvo a R$ 65,00, mesmo avaliação e preço de 3R Petroleum. A recomendação também vale para PetroReconcavo, com preço-alvo estabelecido em R$ 35.

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Petrolíferas hoje

Mesmo com o preço do petróleo em alta no mercado internacional, as petrolíferas da Bolsa brasileira encerraram a sessão de hoje com tendências mistas: Petrobras (PETR4), -0,36%; Petrorecôncavo (RECV3), +1,47%; 3R (RRRP3), -0,83%.

Já Enauta (ENAT3) subiu 2,16% e PRIO (PRIO3) avançou 1,5%. Enquanto, os papéis de Cosan (CSNA3) recuaram 0,74%.

(Com Estadão Conteúdo)

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