Com ajustes nos preços regulados, Votorantim revisa estimativas para a inflação

Projeções para inflação foram elevadas para 5%, ante 3,7% , enquanto a inflação de serviços foi elevada de 7,2% para 7,5%

Julio Gabriel do Souto Lopes

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SÃO PAULO – As estimativas para o aumento médio dos preços regulados em 2011 feitas pela Votorantim Corretora foram revisadas para 5%, ante 3,7%. Além disso, a corretora também revisou suas estimativas para a inflação de serviços, em leve elevação de 7,2% para 7,5%.

Segundo a corretora, a revisão para a inflação ocorreu principalmente em função do ajuste dos preços dos meios de transporte ter ficado acima do esperado consensualmente, além das premissas de uma possível revisão para níveis inferiores nos preços da eletricidade ter se distanciado da realidade, devido aos atrasos nas negociações entre a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e as companhias. 

Já com relação ao setor de serviços, o pequeno aumento das estimativas se deve ao aumento maior do que o antecipado nos preços de alguns serviços como a educação. A corretora ainda destaca um possível recuo na inflação de serviços, em função do menor ganho real na renda esperado para 2011.

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Preços dos alimentos não sofrem alterações
O primeiro trimestre foi turbulento para os preços dos alimentos, que já foram bastante pressionados e não devem sofrer mais pressão advinda dos preços internacionais das commodities associadas aos alimentos no próximo trimestre, de acordo com a corretora. Com isso, a projeção de aumento de 6,5% nos preços dos alimentos para o ano de 2011 foi mantida.

IPCA previsto para 4,8%
O cenário inflacionário para o próximo ano ainda segue em aberto, dependente de premissas relativas aos preços internacionais das commodities, preços regulados e evolução do mercado de trabalho – as quais seguem indefinidas. Com isso, a estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2012 foi elevada de 4,5% para 4,8%.

Frente ao grande número de incertezas e com as estimativas para a inflação ainda dentro da meta, a estratégia de política monetária permanece inalterada, com uma taxa básica de juros estimada em 12,25% ao ano, com um pequeno corte de 50 pontos-base esperados para o último trimestre de 2012.

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Bens comercializáveis suavizam alta dos preços
O aumento no preços dos elementos deste grupo virá abaixo da meta da inflação para 2011, que está em 4,5%. Projetado para 4% em 2011, a elevação dos preços neste grupo foi sustentanda principalmente pela forte apreciação da taxa cambial.

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