Com agenda norte-americana forte, pregão será pautado pelo cenário externo

Expectativa é de que recuperação dos EUA continue em ritmo moderado; Europa e China também estão no radar

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – A primeira sexta-feira (3) de fevereiro traz como destaque para os investidores a divulgação do Nonfarm Payrolls nos EUA, referente a janeiro. A pesquisa produz um índice referente ao número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária.

“Esperamos um número abaixo do consenso de 145 mil, aos 135 mil, após o forte aumento de 200 mil dezembro. Muitos fatores foram empurrando o número até dezembro e uma certa inversão deles é esperada, o que pesaria sobre o número de hoje”, explica o economista-chefe do Danske Bank, Frank Oland Hansen.

Um resultado abaixo do esperado, segundo o especialista, poderá ser negativo para o apetite pelo risco e conferir suporte ao dólar. Além daquele, serão anunciadas a taxa de desemprego, assim como o Hourly Earnings, relatório mensal que estima a média de remunerações por hora trabalhada, e o Average Workweek, medida referente à média de horas trabalhadas por semana.

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Entretanto, diversas casas de research revelaram projeções bem divergentes, com destaque para o otimismo do Deutsche Bank, o qual estima até 210 mil novos postos de trabalho na economia, superior ao número do mês anterior.

Ainda nos EUA, será divulgado o Factory Orders, índice que mede o volume de pedidos feitos à industria como um todo, de bens duráveis e bens não-duráveis. Por fim, a Associação de Executivos de Compras daquele país reporta o ISM Services (Institute for Supply Management), responsável pela mensuração do nível de atividade não-industrial.

“Esses indicadores poderão apoiar a nossa visão de que o crescimento dos EUA vai continuar a um ritmo moderado em torno de 2,5%, resultando em maiores rendimentos e curvas mais acentuadas”, explica Hansen.

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A diretora da AGK Corretora de câmbio, Miriam Tavares, alerta para o fato de que a continuidade do ambiente favorável das últimas semanas dependerá da manutenção deste cenário mais promissor nos EUA. “No Brasil, em dia de agenda vazia, o foco dos investidores vai se concentrar no mercado externo”, conclui.

Velho Continente e China no radar
Nesta sexta-feira foi revelado o índice PMI composto da Zona do Euro, que subiu para 50,4 em janeiro, de 48,3 em dezembro, de acordo com a Markit Economics. Um leitura acima de 50 indica expansão, e abaixo, contração, e este resultado marca o primeiro crescimento em cinco meses, ficando em linha com as previsões dos analistas.

Assim, nesta manhã as principais bolsas europeias operam no campo positivo, após um início de pregão oscilando entre ganhos e perdas, com destaques para as de Londres (+0,51%), Paris (+0,50%) e Frankfurt (+0,41%).

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Por sua vez, o indicador PMI de serviços na China apontou queda na comparação mensal. Em janeiro, o indicador ficou em 52,9 pontos, resultado inferior ao registrado no mês imediatamente anterior, que foi de 56 pontos.

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