Citi: Tractebel e Copel estão entre as beneficiadas da alta dos preços spot de energia

Energias do Brasil também pode ganhar com a situação, em meio a forte demanda por energia; cenário é negativo para Cesp

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Citigroup divulgou relatório analisando o impacto da elevação da demanda no setor energético – devido à recuperação econômica do País – somada a um menor nível nos reservatórios de hidrelétricas e maior geração das termelétricas, resultado da época de poucas chuvas.

De acordo com os analistas Marcelo Britto e Tathiana Reis, a situação assemelha-se ao final de 2007 e início de 2008, quando o preço à vista da energia disparou. Em agosto deste ano, a geração energética das térmicas atingiu a marca de 6,4 GWa, ao passo que no mesmo período do ano anterior a produção foi de 1,4 GWa.

Paralelo a isso, o preço no mercado à vista atingiu R$ 118/MWh em agosto, enquanto, em abril de 2010, a expectativa apontava para R$ 60/MWh. A tendência, segundo a dupla, é que os preços sigam elevados no segundo semestre do ano, fora do padrão para o período. Cabe dizer que, apesar da forte demanda, o Citi não espera um racionamento de energia no País. 

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Cenário favorável
Considerando o cenário de preços elevados, os analistas apontam os principais beneficiados – caso, por exemplo, da Tractebel (TBLE3), que deverá se beneficiar da exposição por conta da geração de energia térmica, o que permite comprar eletricidade a baixos preços. Britto e Reis destacam que a empresa já passou por situação semelhante em 2008, quando atingiu um Ebitda (geração operacional de caixa) 45% maior no primeiro trimestre do ano.

O Citi também vê com bons olhos a Energias do Brasil (ENBR3) e a Copel (CPLE6). Para a primeira, os analistas acreditam que a companhia já esperava a alta dos preços no segundo semestre deste ano devido aos efeitos climáticos do La Nina, enquanto a segunda se beneficia pela térmica de Araucária.

Riscos para a Cesp no curto prazo
Na ponta negativa, os elevados preços no mercado à vista são vistos como um fator de risco no curto prazo para a Cesp (CESP6) – no entanto ainda não está claro se a empresa conseguiu revisar os termos e condições dos contratos no mercado livre. 

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